Como bots de scalping exploraram uma API vulnerável para prejudicar as vendas no varejo online

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Por Grainne McKeever

Segurança de Aplicações

No dinâmico mundo do varejo online, onde a satisfação do cliente e a disponibilidade de produtos são essenciais, um ataque repentino de bots de scalping pode interromper operações, inflacionar custos e prejudicar a reputação da marca. Um varejista online da América do Norte enfrentou um ataque contínuo de bots por um mês, comprometendo seu sistema de inventário, explorando vulnerabilidades e causando perdas financeiras. Veja como a empresa reagiu e o que outros varejistas podem aprender com essa experiência.

A ameaça dos bots de scalping: uma grande interrupção

Bots de scalping são ferramentas automatizadas maliciosas que exploram produtos de alta demanda e disponibilidade limitada. Eles conseguem adquirir rapidamente grandes quantidades de estoque, impedindo que clientes legítimos realizem compras. A plataforma de varejo afetada inicialmente notou um aumento na carga dos servidores, que parecia um pico normal de tráfego. No entanto, após investigação, a equipe descobriu que estava sob ataque. Bots haviam identificado e explorado uma vulnerabilidade em sua API pública, burlando os fluxos normais e atacando diretamente o inventário.

Detecção precoce: como o ataque foi descoberto

Os primeiros sinais surgiram quando a equipe da plataforma percebeu um uso incomum dos servidores. Preocupados, acionaram a equipe de segurança, que iniciou uma investigação imediata. Usando a tecnologia Advanced Bot Protection (ABP), analisaram os padrões de tráfego e rapidamente detectaram que a sobrecarga era causada por bots maliciosos.

Os bots estavam explorando a API pública da plataforma, contornando requisitos de autenticação para acessar funcionalidades indevidas, coletando e reservando produtos, o que causou grande desorganização no inventário. Embora os bots não estivessem roubando dinheiro diretamente, estavam impedindo clientes legítimos de comprar itens desejados, resultando em prejuízos financeiros e frustração dos consumidores.

As vulnerabilidades: API exposta e falta de proteção

O ataque foi possível devido a uma falha crítica no sistema: uma API pública exposta, permitindo acesso direto ao inventário sem seguir o fluxo normal de compras. Sem defesas adequadas, os bots driblaram as proteções tradicionais e sobrecarregaram o sistema.

O impacto imediato foi duplo:

  • Altos custos com servidores: O grande volume de requisições geradas pelos bots elevou os custos operacionais da plataforma.
  • Estoque retido: Produtos foram adicionados a carrinhos virtuais pelos bots, impedindo clientes reais de finalizarem suas compras.

A resposta: protegendo a API e o inventário

Para conter o ataque e evitar novos incidentes, a empresa trabalhou com a Imperva para implementar diversas medidas estratégicas:

  • Proteção de API: A plataforma passou a exigir um token de Advanced Bot Protection (ABP) para acessos à API, dificultando a ação dos bots.
  • Identificação de bots: A solução implementou um sistema de “impressão digital” dos bots, permitindo rastrear e bloquear ameaças específicas com mais precisão.
  • Monitoramento proativo: Com a proteção ativa, a empresa passou a monitorar continuamente padrões de tráfego, garantindo uma resposta rápida a novas ameaças.

Lições aprendidas: medidas proativas fazem a diferença

O principal aprendizado desse ataque foi a necessidade de proteger proativamente todos os pontos críticos da plataforma. A API exposta foi um alvo fácil para os bots, e somente após essa vulnerabilidade ser corrigida, a empresa conseguiu fortalecer suas defesas e reduzir o risco de novos ataques.

Outro ponto crucial foi a necessidade de identificar vulnerabilidades rapidamente. A empresa precisou correr atrás do prejuízo durante o ataque, mas uma detecção antecipada poderia ter evitado danos mais graves.

O impacto financeiro e na reputação

O prejuízo financeiro direto causado pelo aumento dos custos operacionais foi apenas o começo. As consequências a longo prazo foram ainda mais prejudiciais: os bots de scalping impediram clientes legítimos de comprar produtos, reduzindo a receita e minando a lealdade dos consumidores. Insatisfeitos, muitos clientes buscaram alternativas em concorrentes, afetando a reputação da plataforma.

Os efeitos negativos se refletiram em métricas críticas, como:

  • Redução no valor do tempo de vida do cliente (LTV)
  • Queda nas taxas de conversão
  • Aumento na taxa de abandono de carrinho

Por que os bots de scalping atacam varejistas?

De acordo com o Relatório Imperva sobre Bots Maliciosos de 2024, os bots de scalping prosperam em cenários de alta demanda e baixa disponibilidade — exatamente o tipo de situação encontrada no varejo online. O relatório aponta que esses bots são oportunistas e extremamente rápidos para explorar brechas.

Eles não atacam apenas o setor de varejo, mas qualquer indústria onde a demanda supera a oferta ou onde produtos de alto valor estão em jogo, incluindo:

  • Varejo: Eletrônicos, edições limitadas, vestuário e outros itens disputados.
  • Venda de ingressos: Shows, eventos esportivos e outras ocasiões de grande demanda.
  • Viagens e hospedagem: Passagens aéreas, reservas de hotéis e mais.

Ao reter estoques ou reservas, esses bots aumentam os custos operacionais e criam experiências frustrantes para os clientes, impactando as vendas e a fidelidade à marca.

O que os varejistas podem aprender

Para qualquer varejista, especialmente os que operam em mercados de alta demanda, algumas lições importantes desse ataque incluem:

  • Monitorar padrões de tráfego: Aumentos súbitos de tráfego em pontos críticos podem ser um sinal de atividade de bots.
  • Proteger APIs: APIs expostas devem ser devidamente protegidas para evitar acessos não autorizados.
  • Investir em proteção avançada contra bots: Métodos tradicionais podem ser insuficientes contra ataques sofisticados. Soluções robustas, como Advanced Bot Protection, são essenciais.

Combatendo bots em 2025

À medida que a tecnologia dos bots evolui, as defesas dos varejistas também precisam se aprimorar. Para se manterem à frente das ameaças, as empresas devem:

  • Adotar defesas automatizadas: Implementar proteções avançadas para APIs e tráfego, como Advanced Bot Protection, para detectar e mitigar atividades maliciosas.
  • Identificar vulnerabilidades antecipadamente: Proteger pontos críticos antes que os invasores os explorem.
  • Trabalhar com especialistas em segurança: Contar com provedores especializados na mitigação de bots e proteção de APIs para garantir uma defesa contínua.

Este caso reforça a crescente ameaça dos bots no varejo online. Bots de scalping podem comprometer estoques, prejudicar a experiência do cliente e aumentar os custos operacionais. Ao investir em proteção avançada e adotar medidas proativas, os varejistas podem evitar ataques e proteger tanto sua receita quanto sua reputação.

Quer proteger seu negócio contra ataques de bots? Descubra como o Imperva Advanced Bot Protection pode ajudar.

Esse artigo tem informações retiradas do blog da Imerva. A Neotel é parceira da Imperva e, para mais informações sobre as soluções e serviços da empresa, entre em contato com a gente.

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