Segurança de dados no RH: o que levar em conta ao contratar um fornecedor?

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A preocupação com a proteção das informações não é exatamente uma novidade nas empresas. Entretanto, com a adoção de novas tecnologias, a discussão sobre o assunto se torna mais complexa

*Por Hugo Godinho

Uma combinação crucial para o negócio, mas muitas vezes esquecida, é a da Comunicação Interna com a Segurança da Informação. A preocupação com a proteção de dados não é exatamente uma novidade nas empresas. Entretanto, com a adoção de novas tecnologias, a discussão sobre o assunto se torna mais complexa.

A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), que foi criada em 2018 e entrou em vigor em 2020, é certamente um dos temas mais discutidos dentro das organizações. Empresas promoveram mudanças significativas em projetos e processos para se enquadrarem à nova lei, que regulamenta a coleta, o armazenamento, o tratamento e o compartilhamento de dados pessoais, tendo como objetivo proteger os direitos fundamentais de privacidade e liberdade de expressão.

Diante dessa realidade, uma das tendências de Comunicação Interna passou a ser a revisão dos canais utilizados, focando em alternativas tecnológicas que priorizem a mobilidade dos colaboradores. Isso significa que, dos últimos anos para cá, a área de CI precisou estabelecer um forte alinhamento com o time de TI para seguir as diretrizes estabelecidas pela LGPD.

Por isso, é fundamental entender a relação entre a Comunicação Interna e a Segurança da Informação antes de escolher o canal de comunicação mais adequado para a empresa. Afinal, esses condutores de informação e engajamento precisam estar comprometidos com o tema.

Segurança da informação e Comunicação Interna

Dando um passo para trás, precisamos entender o impacto da segurança da informação no negócio. De acordo com o Fórum Económico Mundial, 95% dos ataques cibernéticos acontecem graças a erros humanos. Um estudo da Gartner mostrou que 88% dos entrevistados acreditam que a segurança cibernética é algo que deve ser preocupação da empresa como um todo.

Para exemplificar o perigo de não cuidar da segurança da informação, a Maersk – maior empresa de contêineres marítimos do mundo – sofreu um ataque cibernético em 2017 que forçou a empresa a desligar seus sistemas. Em três dias, a companhia perdeu US$ 300 milhões em receita.

A Comunicação Interna pode atuar como grande aliada da área de TI para ajudar a diminuir riscos de ataques cibernéticos. Segundo o estudo “Getting Cybersecurity Right – How Employee Communications Can Save Your Business”, feito pela Poppulo, a CI pode atuar em três etapas: 1. envolver as pessoas em comunicações destinadas a prevenir um ataque, 2. fazer comunicações essenciais durante um ataque e 3. enviar comunicações após um ataque.

O estudo da Poppulo ainda mostra que o custo médio de uma violação de segurança para uma organização pode ser significativo! Estima-se que a empresa tenha um prejuízo de US$ 1.400,00 por funcionário. Além disso, a rotatividade média de clientes após uma violação chega a 4,5%.

LGPD e Comunicação Interna

A Comunicação Interna precisa estar alinhada a todas as frentes da segurança da informação, e isso também inclui os dados dos profissionais. A Comunicação Interna atua como ponte entre a empresa e os colaboradores, o que significa que a área deve redobrar a atenção quando lidar com informações do público interno.

Por esse motivo, a CI precisa levar em consideração esse ponto na hora de repensar sua estratégia e suas ferramentas. A revisão de canais já é uma realidade para muitas equipes de Comunicação Interna, de acordo com a Gallagher.

Para ter uma ideia, 1 em cada 5 equipes de Comunicação Interna já concluiu um estudo aprofundado sobre a revisão de sua estratégia de canal. Além disso, 34% dos entrevistados declararam que esse processo está em construção. Com o crescente uso de tecnologia na Comunicação Interna das empresas, é fundamental garantir que as informações compartilhadas estejam protegidas de maneira adequada.

Sendo assim, buscar canais de Comunicação Interna que sigam todas as regras da LGPD e apoiem as iniciativas da empresa sem oferecer riscos à segurança da informação virou um pré-requisito crucial.

*Hugo Godinho é CEO da Dialog

FONTE: SECURITY REPORT

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