Praga usa computadores das vítimas para ataques contra servidores de Minecraft

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Softwares pirateados são vetor de contaminação pelo MCCrash, que transforma máquinas das vítimas em robôs que realizam DDoS contra servidores de Minecraft


Felipe Demartini

Um novo malware está utilizando os computadores e dispositivos conectados das vítimas para realizar ataques de negação de serviço contra servidores de Minecraft. O MCCrash, como é chamado, é capaz de se mover lateralmente pelas redes, contaminando outros aparelhos que estejam conectados à ele, e permanece aguardando comandos dos servidores de controle, podendo fazer parte de uma operação de extorsão por cibercriminosos.

Softwares pirateados, como ativadores para o Windows ou o pacote Office, são o vetor de contaminação pela praga, descoberta pelo time de inteligência em ameaças da Microsoft. De acordo com os especialistas, o vírus também é capaz de quebrar credenciais de dispositivos desprotegidos por força bruta, o que aumenta sua capacidade de disseminação pelas redes infectadas e, claro, o poder de fogo dos golpes DDoS quando são realizados.

O MCCrash é multiplataforma, podendo contaminar máquinas rodando Windows e Linux, além de aparelhos da Internet das Coisas. A partir daí, se forma uma botnet que fica sob controle dos cibercriminosos, que ordenam o bombardeamento de servidores de Minecraft baseados em Java com pacotes especialmente criados para gerar o maior volume de acesso possível contra as infraestruturas.

No alerta, a Microsoft fala em uma possível operação à venda na dark web, com interessados em realizar ataques contratando a rede para realização de golpes e cobrança de valores dos responsáveis pelos servidores para que o alto volume de acessos seja interrompido. Enquanto os ataques podem ser realizados contra máquinas em qualquer lugar do mundo, a maioria dos dispositivos contaminados pelo vírus está na Rússia, com um número menor, mas significativo de infecções no México, Itália, Índia, Singapura e Cazaquistão.

Os criminosos apostam na ideia de que os ativadores para os softwares pirateados serão colocados em listas de liberação por antivírus, que assim, deixam de detectar a atividade maliciosa. O foco é estabelecer permanência, principalmente, em dispositivos da Internet das Coisas, normalmente deixados de lado quando o assunto são atualizações de softwares e o monitoramento de conexões, o que os torna, globalmente, um elemento suculento para a realização de ataques DDoS.

Evitar o download dessas soluções falsificadas e manter PCs, servidores e aparelhos conectados sempre atualizados e protegidos é o melhor caminho para manter a segurança. A recomendação também envolve o uso de credenciais complexas, fora do padrão de dispositivos e que não possam ser quebradas facilmente, além do uso de ferramentas de monitoramento de rede para detectar conexões suspeitas ou dados trafegados em volumes suspeitos.

FONTE: TERRA

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