IBM aponta crescimento de ransomware em nuvem

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A IBM Security divulgou nesta quarta, 23/2, o X-Force Threat Intelligence Index, estudo anual que revela como ransomware, comprometimento de e-mail corporativo e coleta de credenciais, juntos, foram capazes de “aprisionar” empresas na América Latina em 2021, sobrecarregando ainda mais as cadeias de fornecimento. Embora o phishing tenha sido a causa mais comum de ciberataques em geral na região no ano passado, o IBM Security X-Force observou um aumento nos ataques causados por credenciais roubadas, um ponto de entrada no qual os atores confiaram mais para realizar invasões em 2021, representando a causa de 27% dos ciberataques no Brasil.

Os cibercriminosos estão preparando as bases para mirar nos ambientes de nuvem. Segundo o relatório, há um aumento de 146% na criação de novo código de ransomware Linux e uma mudança no direcionamento global focado no Docker, o que pode facilitar que mais agentes de ameaças aproveitem os ambientes de nuvem para fins maliciosos, como malware, que pode atacar várias plataformas e ser usado como ponto de partida para outros componentes da infraestrutura das vítimas.

O relatório mapeia novas tendências e padrões de ataque que a IBM Security observou e analisou por meio de seus dados, com base em bilhões de pontos de dados que variam de dispositivos de detecção de rede e terminal, compromissos de resposta a incidentes, rastreamento de kit de phishing e muito mais, incluindo dados fornecidos por Intezer. Alguns dos principais destaques no relatório deste ano incluem:

A manufatura, base das cadeias de suprimentos, se torna o setor mais atacado. No Brasil, a manufatura (20%) foi o setor mais atacado em 2021, refletindo uma tendência global, já que os cibercriminoso encontraram um ponto de vantagem no papel crítico que as organizações de manufatura desempenham nas cadeias de suprimentos globais para pressionar as vítimas a pagar um resgate. Os setores de Mineração (17%), de serviços profissionais, energia e varejo recebem 15% dos ataques, seguindo a manufatura como os setores mais atacados no Brasil.

Gangues de ransomware desafiam as defesas. O ransomware persistiu como o principal método de ataque observado em 2021, tanto globalmente quanto na América Latina, e foi responsável por 32% dos ataques no Brasil. As gangues de ransomware não param de atacar, apesar do aumento nas defesas. De acordo com o relatório de 2022, a média de vida útil de um grupo de ransomware antes do encerramento das atividades ou rebranding é de 17 meses. O REvil foi o tipo de ransomware mais observado, abrangendo 50% dos ataques que a X-Force remediou na América Latina.

Os ataques de BEC (Business E-mail Compromise) têm um novo alvo. A taxa de ataques de BEC contra a América Latina é maior do que em qualquer outra parte do mundo, representando um aumento acentuado de 0% em 2019 para 26% em 2021 no Brasil, sugerindo que os criminosos do estilo BEC estão focando mais nos alvos das organizações da América Latina. De acordo com o relatório, o BEC foi o segundo ataque mais comum na região. 

O relatório da X-Force destaca o número recorde de vulnerabilidades divulgadas em 2021, sugerindo que o desafio de gerenciamento dessas fragilidades persiste. Para as empresas da região, as vulnerabilidades não corrigidas causaram 18% dos ataques em 2021, expondo a maior dificuldade: correção ou patching de vulnerabilidades.

FONTE: CONVERGENCIA DIGITAL

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