Após ataque hacker, site do TJDFT segue fora do ar pelo 3º dia seguido

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O site do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) segue fora do ar pelo terceiro dia consecutivo após um ataque feito por um hacker no domingo (31/7). Até as 10h30 desta terça-feira (2/8), a página ainda não havia voltado a funcionar.

Portaria publicada nessa segunda (1º/8) cancelou o expediente da Secretaria e dos Ofícios Judiciais da Justiça do Distrito Federal e dos Territórios. A ordem foi assinada pelo presidente do Tribunal, desembargador Cruz Macedo, e o corregedor da Justiça do DF, desembargador Costa Carvalho.

De acordo com a portaria, a suspensão do expediente vigorará até o restabelecimento dos sistemas judiciais e administrativos. “Os prazos dos processos judiciais e administrativos que porventura devam iniciar-se ou completar-se nesse dia ficam automaticamente prorrogados para o primeiro dia útil subsequente”, diz ainda.

Em nota, o TJDFT informou que “o incidente está em apuração interna e também pela Polícia Civil, com prioridade para o restabelecimento dos sistemas judiciais”. “A Corte esclarece, ainda, que não houve interrupção da jurisdição, que continua a ser prestada pelos desembargadores e juízes, em regime de plantão permanente”, destaca.

Hacker

Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC) investiga a tentativa de invasão ao portal do TJDFT. A coluna Na Mira, do Metrópolesapurou que o ataque foi feito por um hacker, que tentou ter acesso aos bancos de dados da Corte.

Equipes da DRCC fizeram algumas diligências nessa segunda e aprofundam investigações cibernéticas na tentativa de identificar de onde partiram os ataques. Segundo o tribunal, foi detectada “atividade maliciosa” durante a madrugada de domingo, e o endereço eletrônico acabou derrubado por precaução.

Outros casos

Em abril deste ano, o Tribunal Regional Federal da Terceira Região também sofreu um ataque hacker. A ação provocou transtornos e atividades do órgão acabaram suspensas por pelo menos oito dias.

O TRF-3 é responsável por processos da Justiça Federal com origem nos estados de Mato Grosso do Sul e São Paulo.

Segundo o Tribunal, não houve nenhum vazamento de dados de processos em tramitação. O ataque fez com que o regime de trabalho não presencial fosse liberado no período de 4 a 12/4.

“Em relação à ação criminosa, ressalta-se que as diligências efetuadas pela Secretaria de Tecnologia da Informação possibilitaram a identificação do tipo de ataque sofrido e a definição da estratégia a ser seguida na apuração dos fatos e na restauração progressiva da infraestrutura tecnológica do Tribunal. A Polícia Federal está investigando o caso”, informou comunicado no site do TRF-3.

Em novembro de 2020, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) sofreu ataque de hackers durante sessões de julgamento dos colegiados das seis turmas. Com a invasão, todas as sessões de julgamento, virtuais ou por videoconferência, ficaram suspensas ou foram canceladas até o restabelecimento da segurança do tráfego de dados.

Após os ataques de hackers aos computadores do STJ, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) intensificou todos os procedimentos de segurança nos sistemas internos e externos. O objetivo foi garantir segurança para as eleições municipais de 2020. À época, o TSE emitiu nota informando que a inviolabilidade das urnas eletrônicas estava garantida.

FONTE: METROPOLES

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