Ataques cibernéticos: menos de 1% das empresas têm seguros de proteção, diz MDS

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É uma das maiores ameaças às empresas e lidera as preocupações dos empresários e gestores à escala global. Em Portugal, no entanto, a proteção deste risco através de seguros “é ainda residual em Portugal”, indica estudo da MDS

“As empresas portuguesas estão desprotegidas face aos impactos dos ataques cibernéticos, apesar de mais de um terço dos empresários e gestores identificarem o crime cibernético como um dos principais riscos que enfrentam”, conclui o estudo “MDS Research: Situação Económica em Portugal”, da MDS, empresa portuguesa de consultoria de riscos e seguros. 

A penetração dos seguros para riscos cibernéticos em Portugal “é residual” e, neste início de 2022, “menos de 1% das empresas têm esta ferramenta de transferência de risco, estima a MDS. 

A MDS admite que “a maior visibilidade sobre o risco cibernético”, com a sucessão de notícias sobre ataques a empresas de enfrentes sectores em Portugal, “tem provocado um aumento acelerado da procura por seguros cibernéticos”.  

No entanto, “muitas destas empresas ainda têm pouca sensibilidade para a sua real importância, pois têm tendência a não segurar a totalidade dos riscos” e entre as que já compararam apólice, é frequente questionarem a sua utilidade e optarem por reduzir capitais para manter os prémios de seguro, diminuindo assim a proteção. 

O estudo “MDS Research: Situação Económica em Portugal”, realizado já depois do início da pandemia pela MDS em colaboração com a CCIP e a BA&N Research Unit, coloca o risco cibernético como um dos cinco principais riscos identificados pelas empresas portuguesas, sendo uma preocupação para mais de um terço dos gestores e empresários (34,8%), até pela adoção do teletrabalho, a par do crescente número de ataques que foram sendo divulgados desde o início da pandemia. 

Portugal entre os 30 países com mais ataques

“Com um mundo cada vez mais digital, a ameaça do cibercrime aos negócios é cada vez maior. Hoje, a questão não é se uma empresa é atacada, mas quando é que tal acontecerá e se a mesma está preparada para essa ameaça. Seja detendo os sistemas de proteção tecnológicos adequados, seja assegurando capital para garantir a continuidade futura do seu negócio no caso de um ataque”, realça Pedro Pinhal, diretor técnico e de sinistros da MDS Portugal que tem aqui uma das suas áreas de atuação.  

Portugal está entre os 30 países com maior número de ataques cibernéticos a nível mundial, segundo dados da Kaspersky que colocam a gestão deste risco como um tema estratégico. As estimativas sobre o impacto do cibercrime a nível mundial indicam que passa os 20 mil milhões de dólares. 

À pergunta “Quais os riscos cuja cobertura seria benéfica para a sua empresa de modo a enfrentar situações imprevistas como as vividas nesta pandemia”, a continuidade do negócio liderou as respostas de empresários e gestores, seguida da saúde dos colaboradores, crédito de clientes e proteção de colaboradores. Assim, no ranking dos riscos identificados pelos empresários e gestores portugueses, o cibercrime aparece na quinta posição, quando a nível global é considerado a maior das ameaças para as empresas. 

A MDS é um grupo português que atua na área da corretagem de seguros e resseguros e consultoria de riscos em mais de 125 países, incluindo Portugal, Brasil e Angola, bem como Moçambique, Espanha, Malta e Suíça, integrando a  Brokerslink, a MDS RE, a RCG – Risk Consulting Group, a HighDome, 838 Soluções, Ben’s e CoverFlex/Flexben. 

FONTE: EXPRESSO

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