Principal ciberameaça no Brasil é malware que ataca e-commerce

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O Índice Global de Ameaças de abril da Check Point Research (CPR) aponta que o principal malware no Brasil foi o Chaes, que atingiu 6,5% das empresas locais. Ele foi forte o suficiente para destronar o Emotet, que é o principal malware global há meses e, no Brasil, foi responsável por 5,66% dos ataques às empresas. Em terceiro lugar, surge o XMRig (2,75%).

Em março, o Chaes havia aparecido pela primeira vez no ranking nacional e ocupou o segundo lugar. Este ladrão de informações (InfoStealer) é usado para roubar dados confidenciais do cliente, como credenciais de login e informações financeiras. Este malware é conhecido por usar técnicas de evasão para evitar detecções de antivírus. Chaes foi visto no passado visando clientes de plataformas de comércio eletrônico, principalmente na América Latina, como Mercado Livre e Mercado Pago.

No ranking global, no entanto, o Emotet mantém a hegemonia. Ele, que é um cavalo de Troia avançado, autopropagável e modular, ainda é o malware mais prevalente, afetando 6% das organizações em todo o mundo.

Apesar disso, houve uma movimentação no ranking para todos os outros malwares do índice. Tofsee e Nanocore saíram da lista global e foram substituídos por Formbook e Lokibot, agora o segundo e o sexto malwares mais predominantes, respectivamente.

Novo método do Emotet

A pontuação mais alta do Emotet na lista referente ao mês de março (10%) deveu-se principalmente a golpes específicos relacionados ao tema da Páscoa. Mas, a redução em abril também pode ser explicada pela decisão da Microsoft de desabilitar macros específicas associadas a arquivos do Office, afetando a maneira como o Emotet geralmente é entregue.

De fato, há relatos de que o Emotet possui um novo método de entrega, usando e-mails de phishing que contêm uma URL do OneDrive. O Emotet tem muitos usos depois que consegue contornar as proteções de uma máquina. Devido às suas técnicas sofisticadas de propagação e assimilação, o Emotet também oferece outros malwares para cibercriminosos em fóruns da Dark Web, incluindo cavalos de Troia bancários, ransomwares, botnets, entre outros. Como resultado, uma vez que o Emotet encontra uma violação, as consequências podem variar dependendo de qual malware foi entregue após a violação ter sido comprometida.

Em termos de vulnerabilidades críticas, no final de março, essas foram encontradas no Java Spring Framework, conhecidas como Spring4Shell e, desde então, vários atacantes aproveitaram a ameaça para espalhar o Mirai, o nono malware mais prevalente em abril. Segundo os pesquisadores da CPR, 35% das organizações em todo o mundo já foram impactadas por essa ameaça apenas em seu primeiro mês e a expectativa é que ela deve subir no ranking nos próximos meses.

A CPR também revelou em abril que Educação e Pesquisa continua sendo o setor mais atacado globalmente por cibercriminosos.

FONTE: TI INSIDE

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