Hackers do Brasil são responsáveis por 51% dos ataques na América Latina, aponta estudo

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ministério da Saúde se juntou, hoje, a uma lista crescente de empresas e instituições vítimas de ataque cibernético, realizado por hackers, que sequestram dados e cobram resgate – o chamado ransomware. 

Estudo da Apura, empresa brasileira especializada em cibersegurança, mapeou tentativas e casos semelhantes acorridos em países da América Latina e constatou que 17 grupos de cibercriminosos atuam no Brasil e são responsáveis por mais da metade dos ataques ocorridos no continente, somente de janeiro do ano passado a julho.

A empresa explica que o ransomware é um tipo de software (malware) que se instala em computadores e sistemas, faz a encriptação e o roubo dos dados. Em seguida, os grupos ameaçam expor os dados na chamada dark web e exigem o pagamento de valores como resgate. “São ataques que objetivam principalmente o lucro, raramente têm motivações políticas ou de espionagem”, afirma Sandro Süffert, fundador e presidente da Apura. 

De acordo com o relatório, foram identificados ataques que vitimaram 137 organizações na América Latina, no período. Deste total, 71 – ou 51% – se deram no Brasil. O México, com 21 ocorrências, é o segundo da lista. Dos 20 países da região, em 11 houve casos de ataques semelhantes. “Brasil e México são os dois maiores países do bloco; ambos na liderança era algo previsível”, afirma Süffert. “Mesmo assim, há casos em países mais pobres, como Honduras e El Salvador.” 

No Brasil também foi identificada a maior quantidade (17) de grupos de ransomware em atuação. México, com dez, Argentina (sete) e Peru (seis) vêm na sequência. Tanto no Brasil como na região o grupo mais ativo, no período, foi o denominado “Prometheus”. No entanto, segundo Süffert, faz parte da estratégia desses grupos alterar o nome com frequência. 

Ainda de acordo com o estudo, as empresas e as instituições da área de saúde estiveram entre os principais alvos. Na avaliação do especialista, uma demonstração da absoluta “falta de escrúpulos” dos grupos de ransomware. Ele justifica a análise: “Mesmo durante uma pandemia [de Covid-19], em que serviços de saúde se fizeram mais necessários, empresas da área foram atacadas e extorquidas como qualquer outra”.

FONTE: VALOR INVESTE

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