Seus dados estão seguros na internet?

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O Brasil é líder mundial como alvo de ataques digitais.Tentativas de roubo de identidade, dados e senhas aumentaram 100% nos primeiros meses do ano.

Situações como essa estão cada vez mais comuns no país:

Você recebe uma ligação, e quando atende, a pessoa do outro lado da linha alega ser representante do banco onde você tem conta. Ela avisa que seu cartão foi clonado e que, para resolver o problema, você precisa gerar uma nova senha em um caixa eletrônico, para depois informar essa senha por telefone.

Essa ligação pode parecer normal para muitas pessoas – tanto é que várias delas, ingenuamente, repassam seus dados pessoais. Mas, na verdade, esse é um golpe famoso, conhecido como phishing (sem tradução para o português), sendo que uma das formas mais usadas na atualidade é o “golpe do falso funcionário de banco”.

O phishing consiste em uma tentativa de roubo de identidade: é quando uma pessoa ou site tenta se passar por uma empresa ou instituição legítima, buscando informações pessoais como dados de contas, números de cartões de crédito e senhas.

Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), os primeiros meses de 2021 tiveram um aumento de 100% nos casos de phishing. De acordo com o relatório (https://www.kaspersky.com.br/blog/brasileiros-maiores-alvos-phishing- mundo/17045/) realizado pela empresa de segurança digital Kaspersky, o Brasil foi o líder mundial nesse tipo de crime digital em 2020.

Os registros do golpe do falso funcionário de banco também cresceram muito no início de 2021, com um aumento assustador de 340%. Segundo a Febraban, esse é o crime que mais os preocupa, já que diversas pessoas relataram perder quantias enormes de dinheiro ao repassarem seus dados e senhas para cibercriminosos.

Qualquer pessoa que utiliza um computador ou celular conectado à internet está suscetível a um ataque hacker. Mas calma, nem toda tentativa de fraude online é similar ao que acontece em !lmes ou séries de TV.

No mês de junho deste ano, 8,4 bilhões de senhas de usuários da internet foram vazadas – o maior vazamento histórico.

A partir dessas senhas, os hackers conseguem combinar nomes de usuários e e-mails. Isso funciona como uma espécie de banco de dados de usuários da internet: através desses bancos, os hackers acessam informações pessoais e, em posse desses dados, elaboram tentativas de golpes.

Por que os ataques digitais aumentaram significativamente em 2021?

Devido à pandemia de COVID-19, o ano de 2020 e o início de 2021 foram marcados pelo aumento das atividades em computadores e celulares. Esse aumento do uso da internet – na forma de compras online, utilização de mobile banking e serviços virtuais – foi recebido pelos cibercriminosos como uma oportunidade.

Ainda de acordo com o relatório da Kaspersky, várias das tentativas feitas pelos “hackers do mal” tiveram a temática da pandemia como pauta dos ataques:

  • ofertas de máscaras e álcool gel;
  • falsas inscrições para programas de auxílio social; cadastro do Pix;
  • cadastro para vacinação…

… entre outros golpes.

Este aumento na utilização do ambiente virtual gerou mais dados em circulação, o que acarretou o crescimento dos bancos de dados dos hackers.

É possível se proteger desses ataques?

Sim, é possível se proteger de diversos tipos de golpes. Para se prevenir da fraude do falso funcionário de banco, por exemplo, é preciso ter em mente que os bancos nunca realizam ligações para os clientes solicitando transações.

De acordo com o diretor da Comissão Executiva de Prevenção a Fraudes da Febraban, Adriano Volpini, em entrevista para o Jornal Globo (https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2021/04/16/golpes-e-fraudes-por-telefone-e-e-mail- disparam-no-brasil-durante-a-pandemia.ghtml), os bancos não solicitam senhas, tokens (https://pt.wikipedia.org/wiki/Token_(chave_eletr%C3%B4nica)) ou outras informações pessoais.

Caso você receba esse tipo de contato, desligue imediatamente e retorne ao seu banco, da forma que usualmente você faz, através de um telefone celular”, alerta Volpini.

⚠ Os alvos dos hackers costumam ter algo em comum: são as opções mais fáceis e mais frágeis.

Empresas e instituições que não possuem segurança cibernética em seus sistemas apresentam maiores chances de serem atacadas. Isso também se aplica a pessoas: aposentados, pensionistas e idosos são considerados alvos mais vulneráveis.

Para empresas e instituições, a melhor opção é prover sistemas de segurança operados por pro!ssionais, garantindo que o banco de dados não seja corrompido, ou até mesmo vazado.

Mas o que você, como usuário da internet, pode fazer para se proteger?

Uma das primeiras ações de segurança que podem ser tomadas é a ativação da veri!cação em duas etapas (https://canaltech.com.br/seguranca/como-ativar-a-autenticacao-de-senhas-em-duas-etapas-em-sites- populares/), tanto no e-mail quanto em todas as redes sociais utilizadas. Essa veri!cação aumenta a segurança das suas contas e dos seus dados.

Trocar as senhas com regularidade é outra recomendação dos especialistas em segurança digital. Além disso, é importante não utilizar dados pessoais como datas de aniversários e nomes de familiares, entre outros.

É preciso ter atenção redobrada com os links recebidos em redes sociais por contas e usuários que parecem estranhos. Se você não conhece quem está enviando determinado site, imagem ou vídeo para ser clicado, a recomendação é que não se arrisque.

⚠ As compras online também requerem cautela. Nem todos os sites são seguros, verdadeiros e con!áveis. Além de correr o risco de ter seus dados roubados, há também a possibilidade de você comprar um produto que nem existe e perder seu dinheiro.

Para evitar essa situação, é recomendada uma análise mais cuidadosa do site que você está acessando. Se o link parece estranho, com caracteres que não fazem sentido, ou o site apresenta erros ortográ!cos, a probabilidade de ser falso é enorme.

Caí em um golpe! E agora?

Se você recebeu uma ligação de um falso funcionário de banco e repassou algum dado pessoal, ligue imediatamente para o banco da sua conta e informe o acontecido, pois, dependendo do momento, é possível que a transação criminosa seja interceptada.

Caso já tenha sofrido o golpe, é importante coletar evidências sobre o ocorrido, como print screen de telas, conversas salvas em redes sociais, emails etc. Com essas evidências, é possível formalizar uma denúncia do caso em uma delegacia.

Para o crime de estelionato virtual (https://www.migalhas.com.br/quentes/346274/lei-que-torna-crimes-cometidos- pela-internet-mais-graves-e-sancionada), o mais recomendado é que a denúncia seja realizada em uma delegacia especializada em crimes cibernéticos.

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E você, já atualizou seus per!s nas redes sociais e seu e-mail com a veri!cação em duas etapas? Não perca tempo!

FONTE: DIARIO POPULAR

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