Experian ainda investiga se o Serasa foi a origem do mega vazamento de dados

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A Experian, empresa de crédito inglesa que é dona do Serasa, afirmou nesta segunda-feira (8) que ainda está investigando se o mega vazamento dos dados de mais de 223 milhões de brasileiros teve origem em seus sistemas.

“Apesar de exaustivas investigações até o momento, não há evidência de que nossos sistemas de tecnologia tenham sido comprometidos”, disse a empresa à Reuters.

Em pronunciamento anterior, o Serasa declarou via comunicado: “Fizemos uma investigação aprofundada que indica que não há correspondência entre os campos das pastas disponíveis na web com os campos de nossos sistemas onde o Score Serasa é carregado, nem com o Mosaic”, afirma.

“Além disso, os dados que vimos incluem elementos que nem mesmo temos em nossos sistemas e os dados que alegam ser atribuídos à Serasa não correspondem aos dados em nossos arquivos”, complementa.

O diretor-presidente do Conselho Diretor da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), Waldemar Gonçalves Ortunho Junior. Imagem: Edilson Rodrigues/Agência Senado

suspeita de que o Serasa seja a origem do mega vazamento vem do fato que os dados expostos contém o score de crédito de muitas pessoas, bem como informações de um sistema interno da empresa chamado Mosaic.

Os dados do mega vazamento estão sendo vendidos em pacotes a partir de US$ 500, e contém informações em 37 categorias, incluindo fotos de rosto. Os criminosos não aceitam pedidos para uma única pessoa, nem vendem os dados de todas as 37 categorias para o mesmo CPF: o limite são 10 categorias por pessoa física.

Entre os dados oferecidos estão os do Presidente da República, Jair Bolsonaro, de 11 ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), dos presidentes da Câmera dos Deputados e do Senado, e de milhões de outros brasileiros.

O conteúdo do mega vazamento é “assustador”, diz Marco DeMello, presidente da PSafe, empresa que o noticiou. “Os criminosos que compram esses dados podem assumir a identidade dessas vítimas, criar dívidas e baixar escrituras em nome delas. Existem vários crimes que podem ser cometidos com essa gama de dados tão completa”, disse o executivo ao Estadão.

FONTE: OLHAR DIGITAL

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