Governo do Reino Unido doa notebooks infectados com malware a estudantes

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Durante o período de pandemia de Covid-19, o governo do Reino Unido iniciou um programa de auxílio a estudantes de baixa renda, distribuindo dispositivos para acesso ao ensino remoto. Uma atitude louvável, não fosse por um detalhe: os notebooks doados pelo Departamento de Educação (DfE, Department for Education) estavam infectados por um malware.

A descoberta foi feita por professores da plataforma de ensino on-line Bradford Schools, enquanto os equipamentos fornecidos pelo governo – e que rodavam o sistema operacional Windows – eram preparados para a distribuição.

“Enquanto estávamos desempacotando e preparando o material, descobrimos que alguns laptops estavam infectados com um worm capaz de se auto-propagar em redes”, disse um dos professores. O programa de auxílio também incluía acesso gratuito à internet graças a uma parceria com operadoras de telefonia.

O DfE se pronunciou à BBC, explicando que a situação será investigada com urgência. “Estamos cientes de um problema com um número pequeno de dispositivos. E estamos investigando o caso como prioridade para resolver o impasse assim que possível”, declarou o órgão. Funcionários do setor de Tecnologia da Informação foram mobilizados para entrar em contato com os estudantes afetados.

Até janeiro de 2021, mais de 800 mil notebooks e tablets haviam sido distribuídos para escolas e outras instituições de ensino. No entanto, o DfE diz acreditar que não houve propagação do software malicioso.

O que faz o malware

Os notebooks infectados continham um malware modular chamado Gamarue ou Andromeda, conhecido por ser usado por cibercriminosos russos e do Leste Europeu. Ele concede acesso aos dispositivos por meio de uma plugin do TeamViewer, e fornece suporte a keyloggersrootkits, servidores proxy SOCKS4/5 e formgrabbers.

Com este “pacote”, o malware conseguia, por exemplo, ver informações digitadas, redirecionar o tráfego nos computadores e roubar dados de navegadores. Os criminosos também conseguiam modificar as configurações dos dispositivos e obter dados pessoais e documentos dos usuários.

FONTE: OLHAR DIGITAL

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