Gangue de ransomware doa parte dos pedidos de resgate para caridade

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Grupo Darkside doou US$ 10 mil para a Children Internacional e o The Water Project; organização criminosa tem como alvo as ‘grandes corporações lucrativas’

Guilherme Preta

O que os grupos hackers fazem com o dinheiro que pedem de resgate para recuperar dados roubados? O grupo Darkside decidiu deixar isso bem claro e, por meio de um comunicado de imprensa, divulgou que doou parte do que recebeu a instituições de caridade. As escolhidas foram a Children Internacional, que cuida de crianças em extrema pobreza, e o The Water Project, que fornece acesso a água limpa em toda a África Subsaariana. Cada uma recebeu US$ 10 mil.

“Achamos justo que parte do dinheiro que eles pagaram vá para a caridade. Não importa o quão ruim você pense que nosso trabalho é, estamos felizes em saber que ajudamos a mudar a vida de alguém”, afirmou o grupo em um comunicado em sua página na dark web. Depois disso, uma prova das doações foi postada.

Grupo hacker postou comprovação da doação. Foto: Darkside

O Darkside é um grupo recente, que começou suas operações apenas em agosto deste ano. A organização vai atrás de informações de grandes redes corporativas, criptografa os dados e pede enormes quantias em dinheiro, chegando a milhões de dólares. Os criminosos fazem questão de afirmar que seus alvos são “apenas grandes corporações lucrativas”. Ao iniciar suas operações, o Darkside prometeu não atacar hospitais, escolas, universidades, organizações sem fins lucrativos e governos.

Apesar da ação do grupo chamar atenção, este não foi o primeiro a doar dinheiro de cibercrimes para instituições de caridade ou organizações sem fins lucrativos. Em 2016, o Phineas Fisher afirmou ter invadido um banco e doou o dinheiro que conseguiu para a província autônoma Rojava, na Síria. O grupo GandCrav disponibilizou chaves de descriptografia gratuitas as vítimas da guerra da Síria em 2018. Além disso, os hackers afirmaram que não iriam roubar dados de vítimas no país.

Hackers usam ferramentas de segurança para atacar sistemas

Por outro lado, nem todo grupo hacker toma a mesma atitude e atacam o que for possível. Lançados por pesquisadores de segurança com o intuito de ajudar desenvolvedores a protegerem sistemas, os projetos OST agora também passaram a ser grandes aliados dos invasores virtuais. A constatação foi feita no começo do mês por Paul Litvak, pesquisador de segurança da Intezer Labs, que descobriu uma ampla adoção das ferramentas de hacking de código aberto no ecossistema do crime cibernético.

No campo da segurança cibernética, os projetos OST englobam aplicativos de software, bibliotecas e exploits que possuem recursos de hacking e foram disponibilizados como downloads gratuitos ou sob uma licença de código aberto. O grande problema é quando essas ferramentas, inicialmente lançadas em prol da segurança virtual, caem em mãos erradas.

FONTE: OLHAR DIGITAL

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