Prefeitura catarinense tem sistema de informática invadido e perde dados e documentos

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No último dia 20 de agosto, a Prefeitura de São Cristóvão do Sul foi alvo de uma invasão hacker no servidor em que ficam salvos todos os documentos digitais da instituição.

Segundo o secretário de Administração Toniel da Silva, desde então, técnicos de informática trabalharam para resolver o problema, sendo que o último backup dos documentos da Prefeitura havia sido feito por volta das 21 horas do dia 19 de agosto e, às 3 horas do dia 20, um novo backup deveria ter acontecido, mas foi corrompido, provavelmente, porque o sistema já havia sido invadido.

“Um vírus invadiu nosso sistema e nossas informações foram sequestradas. Antes de entrar em contato com o hacker e tentar negociar a liberação dos documentos, através de pagamento, tentamos resgatar todas as informações que temos salvas em nuvem”, explicou, informando que a Prefeitura registrou um Boletim de Ocorrência na Delegacia de Polícia Civil.

A instrução foi guiada pelo Técnico de Informática (TI) Márcio Ghisoni, que contatou o Portal No More Rasom, mantido por uma ONG, onde a Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) disponibiliza chaves de segurança que podem contribuir para que o vírus seja derrubado. No entanto, de acordo com Márcio, em contato com o portal, ele foi informado de que o vírus instalado no servidor da Prefeitura era uma versão mais recente e ainda não havia chave de segurança para combatê-lo.

Sem a possibilidade de derrubar o sistema criptografado malicioso, que pode ter origem de qualquer lugar do mundo, o TI seguiu o principal conselho da Interpol nesse tipo de situação e não efetuou o pagamento ao cibercriminoso. De acordo com o portal, a atitude pode confirmar que o modelo do vírus funciona e que não há nenhuma chave de segurança para derrubá-lo, por isso, o pagamento nunca deve ser efetuado.

Durante a recuperação dos arquivos, mesmo possuindo mais de 500gb de documentos salvos em um backup com sistema inteligente que salva, diversas vezes durante o dia, os últimos documentos gerados e atualizados, todas as imagens das pastas de fotos, relativas ao período de 2011 a 2019, foram perdidas. Além disso, não foi possível recuperar os decretos salvos no servidor e alguns arquivos do Setor de Tributação, tendo tais documentos apenas em arquivos físicos.

De acordo com a prefeita Sisi Blind, que lamentou profundamente o ocorrido, a confirmação da perda de todas as fotos, registradas nos últimos anos, trouxe muita tristeza, pois os registros já faziam parte da construção da história da cidade. “Temos muitas imagens disponíveis nas páginas oficiais do município e conseguimos recuperar boa parte delas por meio das publicações nas redes sociais. No entanto, para reaver todos os arquivos, não tínhamos como efetuar qualquer tipo de pagamento ao cibercriminoso, pois não teríamos nem como justificar isso legalmente”, concluiu.

O município aguarda o avanço da investigação policial e as orientações legais sobre o caso.

FONTE: http://www.michelteixeira.com.br/prefeitura-catarinense-tem-sistema-de-informatica-invadido-e-perde-dados-e-documentos/

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