UE exige remoção do TikTok de dispositivos de trabalho

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Comissão Europeia emitiu uma diretiva solicitando que todos os funcionários do órgão na comunidade europeia removam o aplicativo chinês de seus dispositivos corporativos

A Comissão Europeia, braço executivo da União Europeia (UE), emitiu uma diretiva solicitando que todos os funcionários do órgão na comunidade europeia removam o TikTok de seus dispositivos corporativos. A suspensão também se estende aos dispositivos pessoais, quando usados para fins de trabalho.

Em um comunicado divulgado nesta quinta-feira, 23, a Comissão Europeia disse que a medida foi tomada por motivos de segurança, sugerindo que as redes sociais rivais também estavam em seu radar. “Esta medida visa proteger contra ameaças e ações de segurança cibernética que podem ser exploradas para ataques cibernéticos contra o ambiente corporativo o órgão executivo europeu”, diz a nota da comissão. “Os desenvolvimentos de segurança de outras plataformas de mídia social também serão mantidos sob revisão constante.”

O órgão responsável por executar as decisões do Parlamento Europeu é o mais recente de uma linha de entidades públicas a banir o TikTok, aplicativo de vídeo social incrivelmente popular desenvolvido pela empresa de tecnologia chinesa ByteDance. Com mais de 1 bilhão de usuários globalmente, o TikTok suplantou o YouTube entre crianças e adolescentes em particular, levando o Parlamento do Reino Unido a abrir sua própria conta no TikTok no ano passado. Ela foi rapidamente fechada depois que os políticos levantaram preocupações sobre os dados potencialmente repassados pela ByteDance ao governo chinês.

A Câmara dos Representantes dos EUA recentemente ordenou que sua equipe de funcionários excluísse o TikTok dos dispositivos oficiais de trabalho, enquanto algumas universidades baniram voluntariamente o aplicativo das redes Wi-Fi do campus depois que governadores estaduais emitiram ordens executivas para proibir o uso do aplicativo em agências locais.

A Índia foi outro país a banir o TikTok — entre dezenas de outros aplicativos desenvolvidos na China — em sua totalidade em 2020.

Embora haja poucas evidências que sugiram de que o TikTok será banido nacionalmente nos EUA ou do mercado europeu em breve, a rede social está sob crescente escrutínio sobre segurança de dados, desinformação e sua conformidade — ou não — com a Digital Services Act (DSA) da Europa, que estabelece regras destinadas a aumentar a responsabilidade e a transparência entre as plataformas online.

Em resposta, o TikTok lançou uma grande ofensiva de relações públicas, incluindo o anúncio de investimentos em infraestrutura que o levarão a abrir seus primeiros data centers locais para armazenamento dos dados de seus usuários europeus — o primeiro deles estava programado para abrir no ano passado, mas foi adiado para este ano. A empresa também anunciou recentemente planos para mais dois data centers na região.

Em resposta ao anúncio de hoje, um porta-voz do TikTok disse que a empresa estava “desapontada” com a decisão da Comissão Europeia, acrescentando que acreditava que era “equivocada e baseada em equívocos fundamentais”.

“Entramos em contato com a Comissão para esclarecer as coisas e explicar como protegemos os dados de 125 milhões de pessoas em toda a UE que acessam o TikTok todos os meses”, disse o porta-voz. “Continuamos aprimorando nossa abordagem de segurança de dados, inclusive estabelecendo três centros de dados na Europa para armazenar dados de usuários localmente; reduzindo ainda mais o acesso dos funcionários aos dados; e minimizando os fluxos de dados fora da Europa.”

No entanto, com os mais de 30 mil funcionários da Comissão Europeia, agora proibidos de usar o TikTok em dispositivos oficiais, é mais do que plauzível que tais proibições também permeiem os países membros da União Eurpeia.

De fato, os órgãos públicos na Holanda foram recentemente aconselhados a evitar o TikTok, antes de um mandado oficial. E em dezembro, o presidente francês Emmanuel Macron criticou o TikTok por suposta censura de conteúdo e seu impacto psicológico adverso nos jovens.

FONTE: CISO ADVISOR

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