Só 26% das empresas no Brasil estão preparadas contra ameaças

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Pesquisa revela que quase metade dos entrevistados disse ter tido um incidente de segurança cibernética nos últimos 12 meses, o que gerou um custo de pelo menos US$ 500 mil para 32% das organizações afetadas no país

Somente 26% das empresas no Brasil estão preparadas para enfrentar os riscos de cibersegurança atuais, de acordo com o primeiro Cybersecurity Readiness Index (índice de preparação para cibersegurança, em tradução livre) da Cisco. O índice foi desenvolvido no contexto de um mundo híbrido pós-pandemia da Covid 19, em que as pessoas trabalham cada vez mais usando vários dispositivos, em diferentes localidades, conectando-se a várias redes, acessando aplicativos na nuvem e gerando uma enorme quantidade de dados. Portanto, apresenta novos desafios de segurança digital para as empresas. 

O relatório mede o nível de preparação das empresas para manter a resiliência da segurança cibernética contra ameaças modernas. Essas medidas abrangem cinco pilares principais que formam um parâmetro para as defesas necessárias: identidade, dispositivos, rede, cargas de trabalho de aplicativos e dados, e abrangem 19 soluções diferentes dentro dos pilares. 

Conduzida por uma empresa terceirizada independente, a pesquisa pediu a 6.700 líderes de segurança cibernética do setor privado, em 27 mercados, incluindo o Brasil, que indicassem quais dessas soluções tinham sido implantadas e o estágio de implantação. As empresas foram então classificadas em quatro estágios crescentes de preparação: beginner (iniciante), formative (formativo), progressive (progressivo) e mature (maduro).

Enquanto apenas 26% das empresas estão no estágio maduro, 40% das companhias no Brasil se enquadram nos estágios iniciante (5%) ou formativo (35%). Embora as companhias no Brasil estejam se saindo melhor que a média global — 15% empresas no estágio maduro —, o número ainda é muito baixo, dado os riscos.

A defasagem de preparo é reveladora, principalmente porque 66% dos entrevistados no Brasil afirmaram que um incidente de segurança cibernética pode interromper seus negócios nos próximos 12 a 24 meses. O custo de estar despreparado pode ser substancial, já que 49% dos entrevistados locais disseram ter sofrido um incidente de segurança cibernética nos últimos 12 meses e 32% dos afetados disseram que ele gerou um custo de pelo menos US$ 500 mil. 

“A mudança para um mundo híbrido transformou substancialmente o cenário para as empresas e criou uma complexidade de segurança cibernética ainda maior. As organizações devem parar de abordar a defesa com uma combinação de ferramentas pontuais e, em vez disso, considerar plataformas integradas para obter resiliência de segurança e reduzir a complexidade”, disse Jeetu Patel, vice-presidente executivo e gerente geral de segurança e colaboração da Cisco. “Só assim as empresas poderão reduzir o gap de preparação em relação à cibersegurança.” 

De acordo com o relatório, os líderes empresariais devem estabelecer um parâmetro de “preparo” para os cinco pilares de segurança para criar organizações seguras e resilientes. Essa necessidade é especialmente essencial, visto que 93% dos entrevistados no Brasil planejam aumentar seus orçamentos de segurança em ao menos 10% nos próximos 12 meses. Ao estabelecer um parâmetro, as empresas podem desenvolver seus pontos fortes e priorizar as áreas em que precisam de mais maturidade e melhorar sua resiliência.

“Os ataques cibernéticos estão cada vez mais sofisticados e para que as empresas estejam preparadas para enfrentar esse grande volume de ameaças, é de suma importância não só que o time de profissionais de segurança tenha experiência no manejo de soluções para garantir a conectividade e proteger as informações do negócio, como também a infraestrutura de rede esteja robusta com inovações de segurança escaláveis e integradas para preservar toda a força de trabalho em qualquer lugar”, ressalta Fernando Zamai, líder de cibersegurança da Cisco do Brasil.  

Outros resultados importantes do índice incluem:

Preparação nos cinco pilares principais

  • Identidade: em terceiro lugar em termos do total de empresas no estágio maduro (28%);
  • Dispositivos: o maior percentual de empresas no estágio maduro em 45%;
  • Segurança de rede: as empresas estão tendo um bom desempenho nessa frente, com 57% das organizações nos estágios maduro e formativo; 
  • Cargas de trabalho de aplicativos: este é o pilar em que as empresas estão menos preparadas, com 53% das organizações nos estágios iniciante e formativo; 
  • Dados: esta é a segunda maior porcentagem de organizações maduras com 39%.

FONTE: CISO ADVISOR

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