Seus dados, sua responsabilidade: como proteger o futuro da sua empresa na nuvem

Views: 95
0 0
Read Time:4 Minute, 54 Second

Por Brian Robertson | Principal Product Marketing Manager da Thales 

A adoção da nuvem transformou radicalmente a forma como as empresas operam, oferecendo escalabilidade, agilidade e eficiência de custos antes inimagináveis. Mas esse avanço também exige uma discussão séria: sem práticas adequadas, a nuvem pode trazer riscos de segurança bastante complexos.

Estamos falando de dados sensíveis e regulados, propriedade intelectual (IP) e códigos de produtos estratégicos. Diante disso, líderes de negócio precisam se perguntar:

  • Estamos protegendo adequadamente nossos dados e ativos mais valiosos na nuvem?
  • Quem tem acesso às chaves e protocolos que garantem a segurança dessas informações?
  • Estamos gerenciando e protegendo essas chaves de forma consistente em diferentes ambientes de nuvem?
  • Será que estamos nos contentando com uma segurança “suficiente”, ignorando riscos reais?

Se essas perguntas ainda não estão sendo debatidas internamente, é hora de começar.

A complexidade da segurança em ambientes multicloud

O relatório Thales 2025 Data Threat Report destaca que mudanças estruturais e geopolíticas exigem uma revisão urgente na abordagem à segurança de dados. Na era da IA, os dados que uma empresa coleta, armazena e compartilha são mais valiosos do que nunca. Embora a taxa de vazamentos tenha caído de 56% em 2021 para 45% em 2025, a segurança na nuvem e em aplicações continua sendo a principal preocupação dos líderes de segurança.

Os ataques cibernéticos, por sua vez, estão mais sofisticados e persistentes. De acordo com o Thales 2024 Cloud Security Study, 44% das empresas já sofreram vazamentos de dados na nuvem, sendo que 14% desses incidentes ocorreram no último ano. Em 31% dos casos, a origem foi erro humano ou má configuração.

Afinal, de quem é a responsabilidade pela segurança na nuvem?

Muitos líderes ainda acreditam que garantir a segurança na nuvem é uma responsabilidade exclusiva do provedor de serviços (CSP). Mas essa percepção é perigosa.

Na prática, existe um modelo de responsabilidade compartilhada:

  • O provedor cuida da infraestrutura física, redes e data centers.
  • A empresa usuária é responsável pelos dados, aplicações e acessos.

Ou seja, mesmo com criptografia oferecida pelo CSP, a responsabilidade pelos dados continua sendo da empresa. Em caso de vazamento, é ela quem responderá legal e financeiramente — e enfrentará danos à reputação.

Ambientes híbridos ampliam os desafios

Atualmente, muitas empresas operam com soluções on-premises, híbridas e multicloud, criando uma rede complexa e difícil de proteger. Equipes de segurança recorrem a soluções isoladas ou controles nativos de cada nuvem, o que pode significar perder visibilidade e controle.

O resultado é uma abordagem fragmentada, com soluções de segurança desconectadas, lacunas de proteção e custos cada vez mais altos. Essa não é uma estratégia sustentável — é hora de pensar em consolidação e padronização da segurança em todos os ambientes.

Confia demais na nuvem? Você pode estar deixando a porta aberta

Muitas organizações confiam nos controles nativos da nuvem, como a criptografia. Mas ignoram onde essas chaves estão armazenadas — e isso pode ser um erro crítico.

Por quê?

  • Ponto único de falha: Se um invasor acessa o ambiente da nuvem, pode ter acesso tanto aos dados quanto às chaves.
  • Regulações mais rígidas: Normas como GDPR, DORA e PCI-DSS exigem controle rigoroso sobre a gestão de chaves.
  • Separação de funções: A segurança da criptografia depende do controle sobre as chaves — quem as gerencia?

Segundo a Thales:

  • 68% das empresas criptografam 40% ou mais dos seus dados sensíveis.
  • 57% usam autenticação multifator (MFA) para proteger ativos na nuvem, sendo que 40% adotam métodos resistentes a phishing, como biometria.

Apesar dos avanços, ainda há muito a ser feito. A pergunta é: qual é o seu nível de tolerância ao risco?

Você está protegendo o que torna sua empresa única?

A propriedade intelectual, os dados estratégicos e os modelos de negócio são os principais diferenciais competitivos de uma empresa. Mas, na pressa de migrar para a nuvem, muitas organizações deixam de avaliar se estão realmente protegendo esses ativos.

Reflita:

  • Temos controle sobre nossas vantagens competitivas na nuvem?
  • Terceiros podem acessar nossos dados mais sensíveis?
  • O que acontece se nossos segredos forem expostos?

A reputação e o sucesso de um negócio podem ruir com um único vazamento. Segundo a IBM, o custo médio de uma violação de dados chegou a US$ 4,88 milhões.

Proteções nativas nem sempre bastam

Cada modelo de nuvem — IaaS, PaaS, SaaS — exige abordagens específicas de segurança. O que funciona para um provedor pode não ser eficaz em outro. Em ambientes híbridos e multicloud, as lacunas se multiplicam.

Soluções reativas e desconectadas levam à perda de controle, aumento de custos e exposição a riscos desnecessários. A segurança na nuvem precisa ser integrada e estratégica.

Segurança proativa: um imperativo

De acordo com o Thales 2025 Data Threat Report, 64% das organizações apontam a segurança na nuvem como sua maior preocupação. A perda de dados sensíveis é o risco mais temido.

Por isso, a gestão de chaves criptográficas se tornou o principal desafio de segurança para as equipes de DevSecOps. A Gartner estima que até 2027, mais de 60% das empresas vão adotar uma solução centralizada de Key Management as a Service (KMaaS) para lidar com exigências regulatórias globais.

Está fazendo as perguntas certas?

Segurança na nuvem não é só uma questão de TI — é um risco estratégico. As empresas devem se perguntar:

  • O que estamos fazendo para proteger nossos dados e IP mais valiosos na nuvem?
  • Como podemos melhorar a segurança em todas as nuvens, complementando os controles nativos?
  • Qual a melhor abordagem para criptografia e gestão de chaves?
  • Quem tem o controle real das nossas chaves?
  • Estamos em conformidade com as novas regulações?

As empresas que encaram essas perguntas de frente estarão mais bem preparadas para proteger seus dados — e seu diferencial competitivo. E a sua, está entre elas?

Esse artigo tem informações retiradas do blog da Thales. A Neotel é parceira da Thales e, para mais informações sobre as soluções e serviços da empresa, entre em contato com a gente.

POSTS RELACIONADOS