Entre todos estes casos mais prementes da atualidade, destaca-se o da Câmara Municipal de Vinhais, distrito de Bragança, que teve de mudar de procedimentos para se manter operacional e investiu seis mil euros junto de uma empresa especializada para superar a encriptação aplicada pelos cibercriminosos
s duas fontes oficiais apresentam uma discrepância numérica – mas ambas são reveladoras dos estragos que os códigos maliciosos de sequestro de dados fizeram em entidades do Estado nos últimos meses: desde o início de 2019, o Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS) já foi informado de 21 casos de ransomware que afetaram organismos da Administração Pública nacional; a Unidade Operacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica da PJ (UNC3T) contabilizou cerca de 30 casos que no mesmo período terão resultado em queixas relacionadas com este método conhecido por ransomware.
Questionado pelo JN, que avança com estes números em primeira-mão, o CNCS recorda que «os números indicados espelham os incidentes reportados» ao próprio centro que tem como função apoiar instituições públicas e empresas a lidar com as diferentes ameaças tecnológicas, e devem ser encarados como a única fonte de informação descritiva do panorama nacional.
O facto de o sequestro de dados pressupôr uma prática criminosa que, obrigatoriamente, tem de ser comunicada à PJ ajuda a explicar o facto de a PJ ter contabilizar um número superior ao registado no CNCS (que é uma entidade operacional de apoio técnico e não uma entidade de investigação criminal).
Entre todos estes casos mais prementes da atualidade, destaca-se o da Câmara Municipal de Vinhais, distrito de Bragança, que teve de mudar de procedimentos para se manter operacional e investiu seis mil euros junto de uma empresa especializada para superar a encriptação aplicada pelos cibercriminosos com o objetivo de impedir o acesso aos repositórios da autarquia transmontana.
Durante a análise aos sistemas camarários foram detetados 11 tipos de códigos especializados em ransomware. Os hackers exigiam entre 20 mil e 30 mil euros para devolver o acesso aos dados da câmara de Vinhais. Durante o período de sequestro, os hackers terão sido obrigados por várias vezes a trabalhar à “moda antiga” – com caneta e papel.
FONTE: Exame Informática