Por Nimrod Riftin
A cibersegurança tornou-se uma prioridade para as empresas de tecnologia nos últimos anos. Isso se deu a partir da aceleração dos processos de digitalização que a maioria das marcas tiveram de passar para se adequar às novas formas de trabalho, como o home-office, e também por conta da importância de dados empresariais e pessoais que transitam diariamente.
O Brasil é conhecido por ser um dos países que mais sofrem com ataques cibernéticos no mundo. Segundo levantamento feito pela Apura Cyber Intelligence, houve um crescimento no número de senhas vazadas no país, visto que a média mensal de usuários que tinham algum problema com vazamentos de senhas era de 6 milhões em 2022, enquanto em 2023 o número saltou para, em média, 9 milhões.
A segurança digital é um item essencial tanto para a rotina do usuário comum, quanto para as empresas de pequeno, médio e grande porte que estão constantemente recebendo dados de clientes.
Mesmo com a evidente importância da questão para o futuro da sociedade, o Brasil ainda caminha a passos lentos para um progresso satisfatório. De acordo com dados do Índice de Defesa Cibernética do MIT Technology Review Insights, o país ficou entre as cinco nações com progresso mais lento e desigual no quesito de cibersegurança.
Aliado ao progresso lento, a falta de profissionais para ocupar as diversas vagas que surgem se apresenta como um outro problema. Segundo o ISC (International Security Conference & Exhibitions), o Brasil tem um déficit de 441 mil profissionais em cibersegurança.
É importante que os órgãos e as empresas apoiem também a formação de profissionais qualificados que possam auxiliar o mercado no combate aos diversos ataques diários presenciados.
Problemas antigos ainda persistem
O ano de 2022 continuou a demonstrar a fragilidade do país quanto à questão da cibersegurança. Grandes empresas sofreram com ataques cibernéticos, deixando seus clientes expostos e, muitas vezes, os sistemas inoperantes.
De acordo com o estudo da BugHunt, plataforma brasileira que recompensa a identificação de falhas, mais de um quarto das empresas brasileiras participantes do levantamento foram vítimas de ataques cibernéticos no ano passado, um crescimento de 8% comparado a 2021.
Ataques cibernéticos podem prejudicar não somente o lucro de empresas, mas também a visão que o mercado possui quanto a mesma. Deste modo, é vital que as marcas entendam cada vez melhor este problema e busquem maneiras de diminuir este tipo de ataque, por meio de profissionais capacitados e investimento em infraestrutura.
Nimrod Riftin, CEO global da Belago Technologies.
FONTE: TI INSIDE