Pesquisa mostra que apenas 34% das empresas brasileiras estão bem-preparadas para incidentes de segurança

Views: 253
0 0
Read Time:3 Minute, 41 Second

O número de entrevistados que consideram que sua empresa está otimamente preparada no caso de incidentes de segurança caiu quase pela metade, quando comparado com o ano passado

Realizado pelo OTRS Group, o estudo mostra também que 65% dos pesquisados registraram aumento no número de incidentes.

Desde o início da guerra na Ucrânia, a situação mundial da cibersegurança se agravou ainda mais, é o que mostra a pesquisa “OTRS Spotlight: Corporate Security”, realizada pelo OTRS Group, com executivos responsáveis pela segurança cibernética na Alemanha, Brasil, EUA, Mexico e Singapura, pelo segundo ano consecutivo. 

No Brasil, 65% dos pesquisados registraram aumento no número de incidentes, sendo que 34% relataram aumentos significativos.

No entanto, muitas empresas não conseguiram acompanhar o rápido aumento das ameaças.

O número de entrevistados que consideram que sua empresa está otimamente preparada no caso de incidentes de segurança caiu quase pela metade, quando comparado com o ano passado.

No Brasil esse número foi de 53% em 2021, para 34% em 2022. 

Falta de atenção suficiente

Embora, mundialmente a contratação de pessoal adicional para os Centros de Operações de Segurança (SOC) seja classificada como uma das três medidas mais úteis para lidar com o aumento do número de incidentes de segurança, apenas cerca de 26% das empresas brasileiras o fizeram.

O fato de que isso não cobre os requisitos reais é que 43% dos entrevistados brasileiros consideram que a segurança cibernética não recebe atenção suficiente em sua empresa.

Neste grupo, o apelo por investimentos em sistemas está em primeiro lugar (40%), seguido de treinamento de segurança para todos os funcionários (37%), mais infraestrutura (33%) e mão de obra adicional (26%) completam a lista de investimentos considerados necessários. 

Em nível global, as equipes da Alemanha e do México são as mais insatisfeitas com a forma como a segurança de TI é tratada em sua empresa, enquanto a satisfação é mais alta nos EUA, com 68%.

Porém, há uma tendência positiva em termos de desenvolvimento de pessoal no Brasil: em comparação com o ano anterior, as equipes responsáveis ​​pela gestão de incidentes cresceram.

Enquanto em 2021, 5% das equipes consistiam em apenas um profissional, este ano esse número caiu para 2%.

O mesmo desenvolvimento pode ser observado em todos os mercados pesquisados.

Luciano Alves de Oliveira, Diretor Geral Brasil e Portugal do OTRS Group, enxerga esses resultados com preocupação: “A situação de ameaça no ciberespaço não diminuirá no futuro próximo, pelo contrário, tenderá a aumentar. Portanto, as empresas precisam urgentemente atualizar sua segurança de TI e ir além na batalha por talentos. Em termos concretos, isso significa oferecer incentivos para atrair profissionais qualificados, além de participar da educação e treinamento de todos os funcionários.

Medidas de curto prazo 

Para lidar com o aumento do número de incidentes de segurança, as empresas escolheram medidas de curto prazo.

No Brasil, 72% responderam que estão revisando com mais frequência atualizações de sistemas, backups e logins seguros de funcionários, também estão treinando os funcionários para conscientizá-los sobre problemas de segurança.

Além disso, 52% adotaram software para monitorar, detectar e prevenir incidentes de segurança e 23% implantaram soluções para responder e gerenciar incidentes de segurança.

Porém, as “block lists” para bloquear o tráfego da Rússia foram introduzidas com menos frequência, a média dos mercados pesquisados ficou em 16%.

Apenas 22% das introduziram um plano de gerenciamento de incidentes.

O fato de que menos de um quarto das empresas introduziu um plano de gerenciamento de incidentes, num período de aumento do nível de ameaças, é muito preocupante“, diz Oliveira.

Mais uma vez, isso mostra que a segurança cibernética ainda não recebe atenção suficiente e que não está sendo trabalhada preventivamente e a longo prazo. Aqueles que não estão totalmente preparados para o pior cenário não podem reagir com rapidez e eficácia suficientes e, portanto, se expõem a um enorme risco comercial. A consciência disso deve se espalhar muito mais fortemente dos departamentos de TI para os andares executivos, onde a segurança cibernética deve ser ancorada e promovida em todas as divisões corporativas”.

Sobre a pesquisa

Os dados usados ​​são baseados em pesquisa online da Pollfish Inc., na qual 500 executivos de equipes de segurança de TI na Alemanha, Brasil, EUA, México e Singapura participaram entre 6 e 22 de outubro de 2022.

A mesma pesquisa foi realizada em outubro de 2021, com exceção das perguntas sobre os desenvolvimentos desde o início da guerra na Ucrânia. 

FONTE: CRYPTO ID

POSTS RELACIONADOS