Pentest: o que é e para que serve o teste de segurança de rede e sistema

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Pentest é uma das abordagens mais eficazes para avaliar a segurança de sistemas e redes; veja como funciona o procedimento

Por Danilo Oliveira, editado por Bruno Ignacio de Lima  

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Imagem: Rawpixel.com/Shutterstock

Atualmente, em que a tecnologia desempenha um papel crucial em nossa vida cotidiana e nas operações de empresas, a segurança cibernética se tornou uma prioridade incontestável. Com o crescente número de ameaças digitais, é essencial para indivíduos e organizações garantir a proteção de seus dados sensíveis e sistemas. Uma das abordagens mais eficazes para avaliar a segurança de sistemas e redes é o teste de intrusão, popularmente conhecido como “pentest”. Vamos explorar em detalhes o que é um teste de intrusão, por que ele é tão vital e quais são as etapas fundamentais envolvidas em seu processo.

Pentest: Para Que Serve?

O teste de intrusão, ou pentest, é uma técnica proativa e controlada utilizada para avaliar a segurança de sistemas, redes, aplicativos e ambientes tecnológicos como um todo. O objetivo principal de um pentest é simular os métodos e técnicas que um atacante real poderia empregar para explorar vulnerabilidades e invadir sistemas. No entanto, ao contrário de um ataque real, um pentest é conduzido de forma ética, legal e controlada, com o objetivo de identificar falhas de segurança antes que sejam exploradas por criminosos cibernéticos.

Basicamente, um individuo ou equipe irá testar a segurança do alvo literalmente tentando invadi-lo, como um hacker faria numa situação real, com a diferença que nesses casos, é dada uma permissão para tal tentativa.

Quais as fases de um teste de invasão?

Um teste de intrusão passa por várias fases distintas, cada uma delas desempenhando um papel crucial no processo de avaliação da segurança. Vamos explorar as principais etapas envolvidas em um pentest.

  • 1. Reconhecimento (Reconnaissance)

A primeira fase de um teste de intrusão é o reconhecimento. Nesta etapa, os pentesters coletam informações sobre o alvo, seja ele um sistema, uma rede ou um aplicativo. O objetivo é entender a topografia da rede, identificar pontos de entrada potenciais e obter detalhes sobre possíveis vulnerabilidades. As fontes de informações incluem registros públicos, informações disponíveis online, como WHOIS e perfis de mídia social, entre outros.

  • 2. Mapeamento (Scanning)

Após a fase de reconhecimento, os pentesters avançam para a etapa de mapeamento. Nesse estágio, são utilizadas ferramentas de varredura para identificar ativos de rede, como servidores, dispositivos e portas abertas. Essas informações são essenciais para compreender a estrutura da rede e identificar potenciais pontos fracos.

  • 3. Enumeração (Enumeration)

Na fase de enumeração, os pentesters se concentram em coletar informações detalhadas sobre os ativos de rede identificados na fase anterior. Isso pode incluir obter detalhes sobre serviços em execução, usuários e grupos existentes, configurações de segurança e outros aspectos relevantes. Esses detalhes auxiliam na identificação de possíveis vulnerabilidades específicas.

  • 4. Análise de Vulnerabilidades (Vulnerability Analysis)

Após reunir informações suficientes, os pentesters realizam uma análise de vulnerabilidades. Nessa etapa, eles procuram por falhas de segurança conhecidas, como vulnerabilidades de software desatualizado, configurações inadequadas e brechas que possam ser exploradas por invasores. É fundamental entender que essa análise busca replicar as táticas de um atacante real para avaliar a eficácia das defesas do sistema.

  • 5. Exploração (Exploration)

Com as vulnerabilidades identificadas, os pentesters avançam para a fase de exploração. Nesse estágio, eles tentam ativamente explorar as falhas de segurança para determinar se é possível ganhar acesso não autorizado ao sistema ou à rede. Essa etapa envolve o uso de ferramentas e técnicas para testar a resistência das defesas do alvo.

  • 6. Ganho de Acesso (Gaining Access)

Se as etapas anteriores forem bem-sucedidas, os pentesters podem ganhar acesso aos sistemas ou à rede por meio das vulnerabilidades exploradas. No entanto, é importante ressaltar que o acesso é obtido de forma controlada e ética, sem causar danos ao ambiente avaliado. O objetivo é demonstrar que um invasor real também poderia obter acesso, a fim de destacar a urgência das correções necessárias.

  • 7. Pós-Exploração (Post-Exploitation)

Após ganhar acesso, os pentesters realizam uma pós-exploração para avaliar até onde podem chegar uma vez dentro do sistema. Isso pode incluir a escalada de privilégios para obter acesso a informações confidenciais ou a outros sistemas na rede. O objetivo é entender o impacto total de uma invasão bem-sucedida.

  • 8. Relatório

A etapa final de um teste de intrusão é a criação de um relatório detalhado. O relatório documenta todas as etapas do processo, desde a coleta de informações até a exploração bem-sucedida. Ele destaca as vulnerabilidades identificadas, o grau de acesso obtido e oferece recomendações claras para mitigar as falhas de segurança. Esse relatório é uma ferramenta vital para que a equipe de segurança tome medidas corretivas eficazes.

O teste de intrusão, ou pentest, é uma abordagem fundamental para avaliar a segurança cibernética de sistemas, redes e aplicativos. Por meio das etapas de reconhecimento, mapeamento, enumeração, análise de vulnerabilidades, exploração, ganho de acesso, pós-exploração e relatório, os pentesters simulam os métodos que um invasor real poderia empregar. Isso possibilita a identificação e correção proativa de vulnerabilidades antes que sejam exploradas por criminosos, garantindo assim a proteção dos dados e sistemas vitais.

FONTE: OLHAR DIGITAL

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