“Ninguém fica anônimo na internet”, diz delegado sobre crimes virtuais

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Com o avanço da conectividade, porém, também aumentaram os perigos: seja ataques hackers, como na última semana em Joinville e Florianópolis, ou a divulgação de imagens de cunho sexual. Todas essas violações são consideradas crime e podem levar os praticantes a até um ano de detenção. 

Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado, até agosto deste ano, foram registrados 14.750 crimes cibernéticos. Ou seja: casos que ocorreram dentro do ambiente virtual.

Para ajudar na apuração desses crimes, desde 2019 a Polícia Civil de Santa Catarina conta com uma Divisão de Repressão aos Crimes de Informática, agregada à DEIC (Diretoria Estadual de Investigações Criminais). O local trabalha com casos que ocorrem na internet e que possuem repercussão estadual.

“Por exemplo, apuramos por aqui extorsões baseadas em criptografia de informações, pornografia infantil, além de crimes que ataquem o sistema de sites ou empresas”, explica o delegado Luis Felipe Rosado, responsável pela divisão.

Ninguém fica anônimo na internet

Entre os casos que já foram apurados nesses quase dois anos de trabalho da divisão, estão os de invasão a sites, extorsões baseadas em criptografia e de pornografia infantil. Apesar de a maioria dos ataques partirem de pessoas anônimas, o delegado aponta que muitas vezes é fácil localizar os autores.

“Existe uma falácia de que a pessoa fica 100% anônima. Porém, ninguém fica anônimo na internet. Quando o crime é cometido dentro do território brasileiro, na grande maioria conseguimos encontrar os responsáveis. O problema é quando envolvem estrangeiros”, explica.https://3b1968127aa020db12e2506f40b78678.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-37/html/container.html

Rosado conta que nem sempre é possível conseguir dados de outros países, já que nem todos possuem o acordo de cooperação jurídica em matéria penal com o Brasil.

Crimes praticados na internet devem ser notificados

Apesar de a divisão cuidar apenas de crimes de âmbito estadual, o delegado explica que o local presta apoio a todas as delegacias do Estado. Ele conta que, em casos isolados, a responsabilidade de investigar o crime é de cada município.https://3b1968127aa020db12e2506f40b78678.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-37/html/container.html

“Por exemplo, se aconteceu um crime apenas em Joinville, o caso será investigado pela polícia de lá. Mas isso não impede que as unidades liguem para cá para troca de informações para que dessa forma o crime possa ser elucidado”, conta.

O delegado ressalta, ainda, a importância das pessoas de registrarem o boletim de ocorrência para que a situação seja apurada.

“Independente do crime, a pessoa deve fazer o B.O. Isso é importante para que haja a investigação e possamos resolver esses casos”, finaliza.

FONTE: NDMAIS

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