Charlie Bell, o chefe de cibersegurança da Microsoft, publicou um texto convocando a indústria de tecnologia a desenvolver ferramentas de segurança no metaverso para lidar com hackers e cibercriminosos.
A ação de Bell e da Microsoft tem início poucas semanas após o ataque hacker sofrido pela empresa e visa desenvolver proteções para a tecnologia ainda emergente.
“Haverá muita inovação e, com isso, haverá muito trabalho para descobrir o que deve ser feito”, afirmou Bell em relação às ferramentas de segurança do metaverso.
No entanto, o chefe de cibersegurança da Microsoft acredita que esse alto índice de inovação do metaverso contribuirão com a rápida inovação da cibersegurança no ambiente virtual.
O metaverso — como um conceito que permite um ambiente virtual interconectado para usuários desempenharem as mais diversas tarefas —, apresentará vários desafios para empresas de tecnologia, sobretudo as de cibersegurança.
Metaverso terá nova forma de phishing, alerta chefe de segurança da Microsoft
Por exemplo, no metaverso, hackers podem criar avatares similares a contatos de confiança do usuário, uma forma de phishing no ambiente virtual, que teria uma resistência menor do usuário, afirma Bell.
De acordo com o chefe de cibersegurança da Microsoft, a natureza do metaverso em si, que oferece a possibilidade de um controle de conteúdo e de usuários menos centralizados, também é um desafio “para aqueles que tentam proteger os seus clientes”.
“Imagine como seria a prática de phishing no metaverso: não seria um email falso do seu banco. Poderia ser um avatar de um caixa de banco em um espaço bancário virtual pedindo as suas informações. Além disso, poderia ser uma imitação do chefe te convidando para um encontro em uma sala de conferência virtual ambientada em um espaço malicioso”, escreveu Bell, vice-presidente de cibersegurança, identidade e gerenciamento da Microsoft.
Portanto, é de suma importância que as empresas que operam no metaverso, incluindo a Microsoft e, obviamente, o Meta (Facebook), desenvolvam novos produtos com recursos de segurança implementados desde a sua concepção.
Isso é necessário devido à amplitude de funções do metaverso, que pode servir para entretenimento, jogos, trabalho remoto e etc. Portanto, os desenvolvedores dos softwares, assim como os usuários, precisam compreender o metaverso para manter os criminosos de fora.
Um possível exemplo seria a interoperabilidade de identidades entre as empresas de software. Interoperabilidade é a capacidade de um sistema de se comunicar de forma transparente com outro sistema.
No caso do metaverso, com a interoperabilidade, um usuário poderia comprovar sua identidade entre múltiplos metaversos, de acordo com o chefe de cibersegurança da Microsoft.
Além disso, Bell alerta que se as empresas não planejarem os recursos de segurança com antecedência, a tecnologia do metaverso pode entrar em risco.
FONTE: HARDWARE.COM.BR