Mega operação global derruba site que vendia senhas para contas bancárias e prende 119 pessoas

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A polícia europeia, a Europol, anunciou na madrugada de quarta-feira (5) que derrubou a plataforma online Genesis Market, que funcionava como um marketplace criminoso que vendia acesso a senhas e logins de milhões de pessoas ao redor do mundo. Segundo informações do portal da Bloomberg, os criminosos lucraram US$ 8,7 milhões em criptomoedas desde 2018. 

Foram realizadas 119 prisões e mandados de busca e apreensão em diversas localizações ao redor do mundo. A empreitada foi liderada pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos e pela polícia da Holanda.

Além disso, as autoridades de 17 países se envolveram na operação. O Brasil não foi citado nem como sendo um dos agentes de investigação, nem como tendo vítimas. 

Conforme divulgado pelas autoridades, o Genesis Market vendia acesso a mais de 1,5 milhão de computadores, e-mails e contas. O preço pela informação variava, sendo a mais barata US$ 0,70. As mais caras eram aquelas que davam pleno acesso às contas bancárias. Os criminosos do mercado aceitavam criptomoedas como pagamentos.

A venda não era apenas de um robô com as senhas de acesso. A plataforma também disponibilizava uma série de dados para que as pessoas que comprassem dados que imitavam o uso de navegadores das vítimas. Isso permitia entrada nas contas sem que nenhuma suspeita fosse levantada (localização geográfica do login e sistema operacional diferente, por exemplo). 

Um ponto específico do Genesis Market é que não era uma plataforma acessível apenas na deep web. Era possível encontrá-lo na web aberta, tendo um convite. Essa facilidade fazia com que fosse muito fácil e barato de utilizar por criminosos.

Aperto contra marketplaces do crime

As autoridades tem apertado o cerco contra marketplaces de crime na internet. Em janeiro de 2021, a Polícia Federal da Alemanha derrubou o DarkMarket, um site da deepweb que operava com vendas ilegais cuja receita foi de pelo menos 4.650 bitcoins (BTC) e 12.800 moneros (XMR), o que dava na cotação de então cerca de US$ 160 milhões.

De acordo com a Europol, tratava-se do maior mercado ilegal do mundo na deepweb. Nele, havia cerca de 500 mil usuários que eram atendidos por mais de 2.400 vendedores. Mais de 320.000 transações foram realizadas até a ação da força-tarefa, disse a agência.

Mais recentemente, em abril do ano passado, uma operação fechou o Hydra Market, operação russa de lavagem de dinheiro na deepweb, e a exchange de criptomoedas com sede na Estônia Garantex.

A medida ocorreu após ações de autoridades policiais americanas e alemãs que culminaram na derrubada de servidores e apreensão de US$ 25 milhões em bitcoin.

Aproximadamente 86% de bitcoins oriundos de práticas ilícitas recebidos por corretoras russas no ano passado  ilícito recebido diretamente pelas exchanges de moedas virtuais russas em 2019 vieram da Hydra.

“Antes da ação de hoje, a receita da Hydra havia aumentado drasticamente de menos de US$ 10 milhões em 2016 para mais de US$ 1,3 bilhão em 2020”, ressaltaram as autoridades envolvidas, que tacharam a Rússia de “paraíso para cibercriminosos”.

FONTE: PORTAL DO BITCOIN

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