Interpol prende 14 cibercriminosos por roubo de US$ 40 milhões

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Iniciada em abril, a operação abrangeu 25 países africanos e interrompeu mais de 20 mil redes de cibercrime envolvidas em extorsão, phishing, comprometimento de e-mail comercial (BEC) e golpes online

Uma operação internacional liderada pela Interpol, batizada “Africa Cyber ​​​​Surge II”,  levou à prisão de 14 suspeitos de cibercrime. Iniciada em abril, a operação abrangeu 25 países africanos e interrompeu mais de 20 mil redes de cibercrime envolvidas em extorsão, phishing, comprometimento de e-mail comercial (BEC) e golpes online, responsáveis ​​por perdas financeiras de mais de US$ 40 milhões.

Juntamente com as prisões, as autoridades também retiraram centenas de endereços IP maliciosos que hospedavam malware e ajudavam a distribuir software perigoso. A investigação da Interpol e de seus parceiros, cujas descobertas serviram de orientação para a operação “Africa Cyber ​​​​Surge II”, desvendou 3.786 servidores maliciosos de comando e controle (C&C), 14.134 IPs de vítimas vinculados a casos de roubo de dados, 1.415 links e domínios de phishing e 939 IPs fraudulentos, além de mais de 400 outros URLs, IPs e botnets maliciosos

O Group-IB, um dos parceiros da Interpol na coleta de inteligência de crimes cibernéticos originários de regiões africanas, afirmou que forneceu às autoridades policiais mais de mil indicadores relacionados à infraestrutura maliciosa no continente. “Os dados continham domínios, URLs e endereços IP de servidor usados ​​em ataques de phishing e malware. Os países membros da Interpol na África aproveitaram essas informações em várias operações de remoção”, disse a empresa.

A operação teve os seguintes destaques:

  • Camarões: três suspeitos presos por fraude de arte online de US$ 850 mil;
  • Nigéria: uma pessoa presa por fraudar uma vítima gambiana;
  • Maurício: dois “laranjas” de recebimento de dinheiro, ligados a golpes de plataforma de mensagens, presos;
  • Gâmbia: 185 IPs maliciosos derrubados por meio de medidas proativas e parcerias;
  • Camarões: dois sites na dark net fechados pelas autoridades;
  • Quênia: 615 hosts de malware derrubados pelas autoridades.

A Interpol tem lutado ativamente contra o cibercrime nos últimos meses, interrompendo operações multimilionárias e apreendendo plataformas criminosas amplamente utilizadas. Dez dias atrás, a organização anunciou o fechamento da notória plataforma de phishing-as-a-service (PhaaS) 16shop e a prisão de seu principal operador.

Em julho de 2023, a filial africana da Interpol (Afripol) deteve um suspeito que se acredita ser um membro-chave do grupo cibercrime OPERA1ER, responsável por ao menos 35 ataques entre 2018 e 2022, resultando em danos de mais de US$ 11 milhões.A primeira operação “Africa Cyber ​​​​Surge” ocorreu em novembro do ano passado e resultou na prisão de 11 indivíduos, na derrubada de um mercado na dark net que vendia ferramentas de hacking e na interrupção de 200 mil pontos de infraestrutura que auxiliavam na disseminação de malware, phishing, spam, golpes e atividade de botnet.

FONTE: CISO ADVISOR

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