Golpes envolvendo criptoativos somaram US$ 20 bi em 2022

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Cifra refere-se a recursos roubados envolvendo transações de criptomoedas, incluindo financiamento ao terrorismo, mercados da darknet, sequestro digitais e outros golpes, segundo a Chainalysis

Os golpes envolvendo criptoativos somaram US$ 20,6 bilhões no ano passado, apesar de retração no setor, de acordo com um novo relatório da empresa de análise de blockchain Chainalysis. A cifra refere-se a recursos roubados envolvendo transações de criptomoedas, incluindo financiamento ao terrorismo, mercados da darknet, sequestro digitais e outros golpes.

Segundo a empresa, os golpes representaram 0,24% de todas as transações de blockchain no ano passado, um aumento de 0,12% em relação ao ano anterior. Embora o volume seja muito superior aos crimes de exploração de vulnerabilidades digitais, que resultaram em US$ 3,8 bilhões em perdas no ano passado, o relatório observa que os golpes envolvendo criptoativos, no entanto, representam “uma pequena parcela do volume total de transações com criptomoedas, de menos de 1%”.

“Embora outras formas de atividade ilícita possam ter diminuído, houve duas categorias que realmente se destacaram em termos de crescimento: operações sob sanção e hacking”, disse Kim Grauer, chefe de pesquisa da Chainalysis, nesta segunda-feira em entrevista à CoinDesk TV.

Kim disse que as sanções impostas pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC, na sigla em inglês), do Departamento do Tesouro dos EUA, aos serviços de criptomoeda que supostamente facilitavam crimes cibernéticos ou outras atividades ilícitas tiveram sucesso apenas parcial e não fizeram distinção entre as plataformas criptográficas. “Em vez de destacar endereços criptográficos de contraventores específicos, todas as transações feitas pelas plataformas que supostamente facilitavam crimes foram consideradas.”

Com a nova categorização, a Chainalysis descobriu que a maior parte das atividades sob sanção em 2022 veio de fundos “fluindo para a Garantex ou outros serviços semelhantes após a ocorrência das designações”. A Garantex é uma exchange de criptomoedas com sede na Rússia, que continua a operar. A empresa teve US$ 1,3 bilhão em entradas até outubro do ano passado, após ser alvo de sanção em abril, segundo o relatório.

Apesar das sanções, plataformas baseadas em criptoativos que atuam no mercado darknet como a Hydra e o serviço descentralizado Tornado Cash, um mixer de criptomoedas que serve para embaralhar transações de forma que dificulte o seu rastreamento, continuaram a operar, mesmo que parcialmente.

A Chainalysis constatou um aumento significativo na quantidade de fundos desviados por organizações norte-coreanas no ano passado. Criminosos cibernéticos norte-coreanos roubaram US$ 1,6 bilhão em fundos, batendo seu próprio recorde do ano anterior, disse Kim.Segundo ela, é provável que cibercriminosos tenham explorado vulnerabilidades de protocolos de finanças descentralizadas (DeFi).

No ano passado, US$ 3,8 bilhões em criptomoedas foram roubados de protocolos DeFi, um aumento de cerca de 15% em relação aos US$ 3,3 bilhões roubados no ano anterior. “Não podemos continuar a ter essa taxa de hacking, porque isso realmente mina a confiança no ecossistema [de criptoativos]”, disse Kim.

FONTE: CISO ADVISOR

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