França multa Google em R$ 1.3 bilhão por práticas abusivas

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O Google na França foi multado em €220 milhões (cerca de R$ 1.3 bilhão) por dar preferência (custos mais baratos) por seus próprios serviços de anúncios online, informa a AFP.

De acordo com a agência de notícias francesa, a multa foi definida pelo órgão de defesa da concorrência de mercado, Autorité de la concurrence, que acredita que a “gigante de tecnologia” prioriza suas próprias tecnologias de exibição de anúncios, o que fere a lei de concorrência local e pode prejudicar plataformas concorrentes.

O Google não contestou a acusação e concordou com o pagamento da multa. Além disso, publicou em seu blog oficial, um artigo dizendo que vai adaptar seus sistemas de anúncios online, adequando-os a lei francesa. Como informa a empresa, as mudanças devem ser inseridas na plataforma ainda nos próximos meses e depois podem ser reproduzidas em outros países.

“Trabalharemos para criar uma solução que garanta que todos os compradores com os quais um editor trabalha […] possam receber acesso igual aos dados relacionados aos resultados do leilão do Ad Manager”, escreve Maria Gomri, diretora jurídica do Google na França, em um artigo publicado nesta segunda-feira (07).

Denúncia

O caso do Google priorizando seus serviços de anúncios online foi revelado por três grupos de mídia, os franceses News Corp e Le Figaro e o grupo belga, Rossel La Voix.

A denúncia foi encaminhada à autoridade de concorrência da França, que confirmou o caso e aplicou a multa. Segundo a autoridade, “o Google abusou de sua posição dominante no mercado de servidores de anúncios online”.

Segundo a denúncia, anunciantes descobriram que ao utilizar plataformas rivais, os valores por anúncio baseado em palavra-chave eram mais caros do que ao utilizar a plataforma Ad Manager, do Google.

“Essa sanção e esses compromissos devem restaurar um campo de jogo equitativo para todos os jogadores e a capacidade de editores de conteúdo online de tirar o máximo proveito de seu espaço publicitário”, explica Isabelle Silva, presidente da comissão francesa de fiscalização da competição.

FONTE: THE HACK

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