Por Felipe Gugelmin
Um golpe em que criminosos roubam celulares para invadir contas bancárias por meio dos apps instalados despertou a atenção da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Em um comunicado, o grupo afirmou que os aplicativos bancários disponíveis atualmente são seguros, mas alguns descuidos por parte dos usuários facilitam a ação dos grupos especializados nesse tipo de ação.
Segundo a Febraban, a maioria dos furtos ocorre em vias públicas e com pessoas cujo aparelho está em uso. “Dessa forma, os criminosos têm acesso ao celular já desbloqueado e, a partir daí, realizam pesquisas no aparelho buscando por senhas eventualmente armazenadas pelos próprios usuários em aplicativos e sites”, explica a federação.
Com a obtenção desses dados, os criminosos conseguem acessar contas bancárias, sites de compras, serviços de internet e outros locais que contêm dados pessoais. Para se proteger desse tipo de ação, é preciso seguir algumas recomendações simples:
- Nunca usar recursos que lembram automaticamente de senhas em navegadores e sites;
- Não compartilhe ou anote senhas de acesso em documentos de texto, e-mails, mensagens de comunicadores ou outros locais que são armazenados no celular;
- Use no seu banco uma senha diferente daquelas utilizadas para acessar outros aplicativos, sites e serviços;
- Memorize suas senhas e não as mantenha anotadas em nenhum lugar.
A Febraban também aconselha que todos que tiverem seus aparelhos roubados devem notificar imediatamente seus bancos para exigir o bloqueio do app e da senha de acesso. Também é recomendado requisitar o bloqueio imediato da linha telefônica associada e registrar um boletim de ocorrência.
O golpe ao qual a entidade faz referência foi relatado pela Folha de S. Paulo no dia 15 de junho e chama a atenção pela capacidade dos criminosos de, supostamente, quebrar barreiras de segurança que vão da senha de acesso até soluções de biometria. A situação já despertou a atenção do Procon-SP, que emitiu um comunicado a dez bancos e três associações do setor financeiro exigindo explicações sobre os sistemas de proteção presentes em seus apps.
FONTE: CANALTECH