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Um suposto ataque distribuído de negação de serviço derrubou vários sites que transmitiam o discurso do presidente russo sobre o Estado da Nação e a campanha militar na Ucrânia, na terça-feira, 21
Um suposto ataque distribuído de negação de serviço (DDoS) derrubou vários sites que transmitiam o discurso do presidente Vladimir Putin sobre o Estado da Nação e a campanha militar na Ucrânia, na terça-feira, 21, em que também anunciou a suspensão da participação da Rússia no tratado de desarmamento nuclear New Start, de acordo com relatórios.
A Reuters disse que jornalistas baseados em vários locais não conseguiram acessar o site da All-Russia State Television and Radio Broadcasting Company (VGTRK) ou a plataforma de transmissão ao vivo Smotrim por períodos durante o discurso. A agência de notícias disse que o site da Smotrim simplesmente não carregou, enquanto o da VGTRK exibiu uma mensagem de erro dizendo que “trabalhos técnicos estavam sendo realizados”.
Embora a Reuters não tenha conseguido verificar um DDoS como a causa, outras fontes o fizeram. A agência de notícias RIA Novosti disse que operadores de ameaças online eram os culpados, enquanto uma conta no Twitter vinculada ao Exército de TI da Ucrânia confirmou a informação.
“Bom trabalho! Lançamos um ataque DDoS aos canais que exibiam o endereço de Putin à assembléia federal: 1TV, VGTRK e Smotrim”, afirmou em um post com link para notícias oficiais sobre o incidente com a saudação “Slava Ukraini”.
O Exército de TI da Ucrânia é um grupo hacktivista criado no início da guerra, após ligações do vice-primeiro-ministro ucraniano, Mykhailo Fedorov, para apoiadores para ajudar a atacar alvos russos. Ele seleciona esses alvos e os divulga para um grupo do Telegram.
A relativa facilidade com que os hacktivistas podem baixar ferramentas e serviços DDoS de aluguel tornou campanhas como essa muito mais fáceis de serem empreendidas, embora raramente interrompam os alvos. Ataques anteriores interromperam o site de um importante portal de distribuição de álcool, a Bolsa de Valores de Moscou e vários bancos russos.
No entanto, os hacktivistas russos também têm estado ocupados, principalmente o Killnet, grupo de hackers pró-Rússia que apoiou abertamente a invasão à Ucrânia e é conhecido por ataques DDoS contra instituições governamentais e empresas privadas. A gangue assumiu a responsabilidade por alguns alvos bastante significativos no ano passado, incluindo 14 aeroportos dos EUA, vários sites dos governos lituano e japonês e hospitais americanos e holandeses.
Os laços de Killnet com o governo russo não são confirmados, mas são prováveis.
FONTE: CISO ADVISOR