Por Roseli Andrion
Cada vez mais, os relatórios financeiros das empresas têm usado a palavra “cibersegurança”. A conclusão é de um estudo da firma de análise de dados GlobalData. No primeiro semestre deste ano, o uso do termo nesses documentos aumentou 33% — clara evidência de que se tornou uma prioridade corporativa nos últimos meses.
E esse não é o único vocábulo relacionado a tecnologia que ganhou espaço nos relatórios de finanças: palavras como “nuvem” e “big data” também têm sido mais usadas — que também refletem o aumento do trabalho remoto, comércio digital e de transações online. “A incidência crescente de violações de dados leva ao uso das expressões segurança de dados, de nuvem e de rede nos relatórios financeiros de 2021”, diz Rinaldo Pereira, analista de negócios na GlobalData.
Em 2020, as alusões ao risco relacionado a cibersegurança cresceram 30% em comparação com 2019. “O anúncio de um Fundo Global de Cibersegurança pelo Banco Mundial em agosto deve aumentar ainda mais as discussões sobre transações digitais mais seguras, fusões, aquisições e investimentos em meio à complexidade cada vez maior dos ciberataques.”
Segundo Pereira, palavras como malware, ransomware e violação também têm aparecido com frequência nos relatórios financeiros em 2021. Os termos começaram a pipocar nos documentos em 2019 — quando ocorreram ataques a Facebook, Capital One e First American.
O uso desses vocábulos é natural em um momento em que as companhias investem mais em cibersegurança para evitar ataques futuros. “Existe um risco progressivo de ataques de ransomware e malware em razão do prolongamento do trabalho remoto e da ascensão dos canais digitais de clientes.”
As empresas parecem estar em busca de serviços de cibersegurança enquanto se preocupam com os riscos de invasões em larga escala. A crescente complexidade dos ataques e das violações é favorável para a indústria da defesa digital, na perspectiva de negócios. Nos próximos meses, discussões sobre seguros contra essas ofensivas devem aumentar.
FONTE: CANALTECH