Ciberataques globais semanais atingem maior pico em dois anos

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O número médio de ciberataques por organização por semana atingiu 1.258 ataques, o mais alto observado nos últimos dois anos

Embora o impacto do conflito russo-ucraniano no cenário cibernético tenha sido relativamente reduzido nos últimos meses, o cenário de ameaças voltou a um estado de “normalidade”. Esse “novo normal” é caracterizado por um aumento nos ataques cibernéticos, pois o mais recente relatório da Check Point Research (CPR) revela o uso de novas táticas evasivas, ataques frequentes baseados em hacktivismo e uma enxurrada diária de ransomware direcionado a várias organizações.

Apesar do efeito decrescente do conflito no cenário de ameaças cibernéticas, a persistência dessas ameaças destaca a necessidade contínua de maior vigilância e medidas robustas de segurança cibernética para neutralizar a natureza implacável e evolutiva dos ataques cibernéticos, enfatiza a CPR.

Nos últimos meses, a CPR desvendou de um grupo de ameaça persistente avançada (APT) baseado na China que visava entidades governamentais, malware oculto que foi detectado por trás de aplicativos de aparência legítima, uma nova versão da espionagem chinesa que foi propagada por meio de dispositivos USB e implantes de firmware maliciosos descobertos em roteadores de internet. Além disso, os cibercriminosos continuam a aproveitar a mais recente revolução da IA, ampliando as fronteiras das plataformas de bate-papo de IA generativa, como o ChatGPT4.

No segundo trimestre deste ano, houve um aumento de 8% na média global de ataques semanais na comparação com o ano anterior. O número médio de ciberataques por organização por semana atingiu 1.258 ataques, o mais alto observado pela CPR nos últimos dois anos.

Durante o segundo trimestre, o setor de educação/pesquisa sofreu o maior número de ataques, com uma média de 2.179 ataques por organização por semana, marcando uma queda de 6% em relação ao segundo trimestre de 2022. O setor governamental/militar foi o segundo mais atacado, com uma média de 1.772 ataques por semana, o que representa um aumento de 9% em relação ao período paralelo do ano passado. O setor de saúde seguiu logo atrás, com uma média de 1.744 ataques por semana, refletindo um aumento significativo de 30% em relação ao ano anterior.

Durante o segundo trimestre, a África experimentou o maior número médio de ataques cibernéticos semanais por organização, com uma média de 2.164 ataques. Isso significa um aumento ano a ano significativo de 23% na comparação com o mesmo período de 2022. A região da Ásia-Pacífico também testemunhou um aumento substancial de 22% em relação ao ano anterior no número médio de ataques semanais por organização, atingindo uma média de 2.046 ataques.

Entre janeiro e junho, uma em cada 44 organizações em todo o mundo sofreu um ataque de ransomware, representando uma queda de 9% na comparação com o segundo trimestre de 2022, onde uma em cada 40 organizações sofreu ataque. A Ásia-Pacífico e a Europa observam um aumento significativo ano após ano nos ataques de ransomware por organização, com um aumento de 29% e 21%, respectivamente. A região da América do Norte (leia-se EUA) segue com um aumento de 15% ano a ano.

No primeiro trimestre, o setor governamental/militar sofreu o maior número de ataques de ransomware, com uma em cada 25 organizações impactadas, marcando uma ligeira queda de 4% na comparação com o ano anterior. O setor de saúde foi o segundo mais afetado, com uma em cada 27 organizações sofrendo ataques desse tipo, representando um aumento de 16% em relação ao ano anterior.

A indústria de educação/pesquisa seguiu logo atrás, com uma em cada 31 organizações afetadas por ransomware, indicando uma queda de 2% em relação ao ano passado.

FONTE: CISO ADVISOR

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