Ciberataques ao setor de educação no Brasil crescem 122%

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América Latina foi a região com maior aumento de ciberataques semanais (62%) no mês de julho, aponta relatório

Os ataques cibernéticos ao setor de educação/pesquisa no mundo, em todos os meses deste ano e em 2021, tiveram aumento de 114%, enquanto no Brasil a alta foi de 122% no mês julho, na comparação com o mesmo período do anto anterior, de acordo com dados Check Point Research (CPR), divisão de inteligência em ameaças da Check Point Software. 

O relatório da empresa aponta a América Latina como a região com maior aumento de ciberataques semanais (62%) no mês de julho deste ano. Uma das razões apontadas pelo estudo foi a mudança para o aprendizado remoto durante a fase mais crítica da pandemia de covid-19, que ampliou a superfície de ataque e abriu as portas para os cibercriminosos se infiltrarem nas redes de ensino. 

No mês de julho deste ano, os ciberataques semanais a instituições de educação e pesquisa dobraram na comparação com a média de outros setores.

A CPR compartilhou novos dados sobre a tendência de ataques contra Educação/Pesquisa e por região e país:

● A América Latina registrou um aumento de 62% nos ataques cibernéticos em julho de 2022 neste setor.

● Brasil, França e México foram os países que registraram os maiores aumentos nos ataques cibernéticos. 

● O setor da Educação/Pesquisa experimentou os maiores volumes de ataques todos os meses em 2022 e em 2021 em todo o mundo.

● Educação e Pesquisa ainda lidera como o setor mais visado globalmente, com uma média de 2.297 ataques contra organizações todas as semanas no primeiro semestre de 2022, mostrando um aumento de 44% em relação a igual período de 2021.

Regiões mais atacadas

1. Austrália e Nova Zelândia: 4.176 ataques por organização a cada semana (redução de 7% em relação a julho de 2022)

2. Ásia: 4.171 ataques (aumento de 5%)

3. Europa: 1.861 ataques (diminuição de 6%).

4. Aumento de 62% na América Latina em relação a julho de 2021.

Ataques cibernéticos à Educação/Pesquisa por país

. Em termos de ataque por país, em julho de 2022, Israel absorveu o maior número de ataques em todo o mundo, com uma média semanal de 4.381 ataques por organização, um aumento de 3% em relação a julho de 2021. Seguido pela Austrália, com 4.035 ataques em média por semana (redução de 18% A/A) e México com média de 3.787 ataques semanais (aumento de 45% em relação a julho de 2021).

. O Brasil registrou o maior aumento em ataques cibernéticos semanais, com um aumento de 122% em relação a julho de 2021. Outro país que sofreu o maior aumento de ciberataques foi a França, com um aumento de 69% em relação ao ano anterior.

. Nos Estados Unidos, uma organização do setor de Educação/Pesquisa sofreu uma média de 812 ciberataques semanais. Esta é uma ligeira queda de 11% em relação a julho de 2021, embora durante o mês passado foi observada uma tendência ascendente constante, com a última semana atingindo números semelhantes aos do ano passado.

“Estudantes, pais e escolas são alvos tentadores para cibercriminosos, principalmente por causa dos dados. De boletins de notas a tarefas online, os hackers têm muito mais pontos de acesso a informações e dados confidenciais que podem ser usados ​​para ataques de ransomware. A mudança para o ensino remoto ampliou significativamente a superfície de ataque potencial dos cibercriminosos. Em outras palavras, a porta é muito mais ampla para eles se infiltrarem nas redes de computadores das escolas”, explica Omer Dembinsky, gerente de Grupo de Dados da Check Point Software Technologies. 

Dicas para escolas/instituições de ensino

1. A tecnologia antiransomware permite detectar sinais de ransomware e descobrir mutações em execução de famílias de malware conhecidas e desconhecidas usando análise comportamental e regras genéricas.

2. Estabeleça um perímetro online forte. As escolas/instituições devem estabelecer firewalls de borda fortes e gateways de Internet para proteger as redes escolares contra os ataques cibernéticos, o acesso não autorizado e o conteúdo malicioso.

3. Verifique cuidadosamente os fornecedores terceirizados. As escolas devem certificar-se de que examinam minuciosamente todos os provedores de plataforma de terceiros que usam.

4. Monitoramento constante do sistema. As escolas devem monitorar todos os seus sistemas continuamente e analisá-los em busca de atividades incomuns que possam indicar um ataque.

5. Invista em educação online sobre segurança cibernética. Certifique-se de que os membros da equipe compreendam os riscos. Conduza sessões regulares para equipes e alunos para que eles estejam cientes das mais recentes ameaças à segurança cibernética.

FONTE: CISO ADVISOR

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