Sebastien Vachon–Desjardins, de 35 anos, foi condenado pela Justiça dos EUA por participar dos ataques do ransomware NetWalker
O canadense Sebastien Vachon–Desjardins, de 35 anos, foi condenado a 20 anos de prisão e multado em US$ 21,5 milhões por participar dos ataques do ransomware NetWalker, disse o escritório de relações públicas do Departamento de Justiça (DOJ) dos EUA.
Vachon–Desjardins, de Gatineau, Quebec, foi extraditado para os Estados Unidos em janeiro deste ano, de acordo com o tratado de extradição entre os Estados Unidos e o Canadá. Os policiais canadenses o prenderam por meio de mandado de busca e apreensão em sua casa. Durante a busca, a polícia descobriu e apreendeu US$ 742.840 em moeda canadense e 719 Bitcoins, avaliados em aproximadamente US$ 21,8 milhões no momento da apreensão e US$ 14,4 milhões hoje.
“O réu, neste caso, usou meios tecnológicos sofisticados para explorar centenas de vítimas em vários países no auge de uma crise internacional de saúde”, disse o procurador dos EUA Roger B. Handberg, referindo-se a pandemia de Covid-19. “Este caso é um exemplo da dedicação e do trabalho tenaz de nossos parceiros de aplicação da lei para levar esses criminosos à justiça, não importa onde residam ou operem.”
A condenação de Vachon-Desjardins ocorre quase um ano depois de o governo dos EUA lançar uma ação global contra a gangue de criminosos cibernéticos NetWalker em janeiro de 2021, apreendendo US$ 454 mil em criptomoeda, provenientes de pagamentos de resgate feitos por vítimas de três ataques separados.
“O réu identificou e atacou vítimas de ransomware de alto valor e lucrou com o caos causado por criptografar e roubar os dados das vítimas”, disse o procurador-geral assistente Kenneth A. Polite Jr., da divisão criminal do Departamento de Justiça, comentando a decisão. “A sentença de hoje demonstra que os operadores de ransomware enfrentarão consequências significativas por seus crimes e exemplifica o firme compromisso do Departamento de perseguir os atores que participam de esquemas de ransomware.”
Além disso, de acordo com um agente especial responsável, David Walker, do FBI, a decisão deve lembrar ao público americano que a agência está comprometida em combater ameaças cibernéticas com suas capacidades técnicas e parcerias de aplicação da lei. “Nossas forças-tarefa cibernéticas trabalham vigorosamente para expor os adversários cibernéticos que atacam os cidadãos dos Estados Unidos e levá-los à justiça.” Com agências de notícias internacionais.
FONTE: CISO ADVISOR