Peru e México ficaram em primeiro e segundo lugar, respectivamente
Levantamento feito pela empresa de segurança ESET aponta que o Brasil foi o terceiro país latino-americano com maior número de detecções de ransomware em 2019, ficando atrás apenas de Peru e México.
Em 2019, os ataques, que têm foco no sequestro de dados e bloqueio através de criptografia, foram relatados em todo o mundo em diversas formas. Para Camilo Gutiérrez, líder do Laboratório de Investigação da ESET na América Latina, a grande incidência de vítimas deste tipo de golpe tem relação com a falta de conhecimento da população acerca do assunto.
“Mesmo com a crise causada pelo ransomware WannaCry em 2017, muitas empresas e pessoas não tomaram consciência dos impactos desse tipo de ameaça . Tudo indica que ainda falta uma conscientização maior sobre as consequências do ransomware e sobre como se prevenir desse tipo de incidente”, avaliou Gutiérrez.
Créditos: ESET/ Reprodução
De acordo com a ESET, o ransomware continua sendo uma ameaça muito comum, com a característica de focar em alvos mais específicos. Em países como os Estados Unidos, por exemplo, os ataques dirigidos a órgãos governamentais e centros hospitalares causaram um grande impacto operacional e financeiro.
Créditos: ESET/ Reprodução
Na América Latina, em 2019, houve uma redução no número de detecções mensais de ransomware em relação a 2018, como mostra o gráfico acima. Esse tipo de ataque, no entanto, continuou tendo grande alcance e trazendo prejuízos. No México, a empresa Petróleos Mexicanos foi vítima do ransomware DoppelPaymer, enquanto na Argentina o governo da província de San Luis declarou estado de emergência após uma invasão a um data center que comprometeu a base de dados do sistema de expedientes. As mensagens enviadas pelos cibercriminosos em alguns desses casos mostram que os ataques são premeditados e direcionados, já que eles cobravam o resgate dos arquivos sequestrados de acordo com as características da vítima.
Analisando o tipo de golpe, a ESET concluiu que variantes da família Crysis tiveram maior recorrência, com 27% dos casos, seguido pela WannaCryptor e pela ED. O levantamento mostra também que o Windows foi a plataforma mais atingida, chegando a 98% dos casos detectados.
Para a ESET, a recorrência dos ataques de ransomware mostram a importância de ter os dispositivos, tanto móveis quanto de escritório, protegidos com uma solução de segurança por camadas. Além disso, é importante instalar atualizações de segurança em cada um dos equipamentos utilizados em casa ou no trabalho.
Fonte: Mundo Conectado