Brasil avança sobre práticas de segurança cibernética

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Representou cerca de 25% do volume mundial (em 2021, foi 22%)

Este ano, a participação das gestoras de recursos brasileiras na 8ª edição da pesquisa global da Iosco (Organização Internacional das Comissões de Valores Mobiliários), sobre práticas de segurança cibernética, representou cerca de 25% do volume mundial (em 2021, foi 22%), informou a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

A associação acrescentou que a participação brasileira rendeu até menção honrosa da Iosco, durante a divulgação dos resultados em Congresso em Londres, no mês passado.

A pesquisa, disponibilizada entre 14 de junho e 16 de setembro deste ano, de forma online, para gestoras de recursos de todo o mundo, somou 148 questionários respondidos, um aumento de 50% em relação aos 95 de 2021.

“Os dados confirmam a preocupação e necessidade das gestoras de todo o mundo em aprimorar suas práticas de segurança cibernética em um ambiente cada vez mais conectado e exposto a tentativas de fraudes, invasões aos sistemas ou roubo de informações”, explicou Gustavo Kruel, coordenador do Grupo Consultivo de Cibersegurança da Anbima.

Conceitualmente, segurança cibernética é definida como “ações voltadas para a segurança de operações, de forma a garantir que os sistemas de informação sejam capazes de resistir a eventos no espaço cibernético capazes de comprometer a disponibilidade, a integridade, a confidencialidade e a autenticidade dos dados armazenados, processados ou transmitidos e dos serviços que esses sistemas ofereçam ou tornem acessíveis”, nos termos do Glossário de Segurança da Informação elaborado pelo Departamento de Segurança da Informação do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI/PR).

Pesquisa

Desde 2015, a Iosco realiza a pesquisa sobre práticas de segurança cibernética em diversos países. Iniciativa do AMCC (Comitê Consultivo dos Membros Afiliados) da entidade, o questionário tem como objetivo avaliar a postura de segurança do setor de gestão de ativos em todo o mundo e, a longo prazo, mapear a evolução do perfil de segurança do setor.

No Brasil, a Anbima auxilia a Iosco na distribuição do questionário aos associados, incentiva e orienta os participantes, além de fazer o acompanhamento dos envios. Embora não tenha acesso às respostas de cada gestora, pois elas são anônimas e o questionário é preenchido diretamente em uma página disponibilizada pela Iosco, a associação distribui as conclusões gerais aos respondentes brasileiros.

“Os resultados anônimos permitem que as instituições comparem suas práticas de segurança cibernética com as demais entidades do setor de diferentes países de uma forma ampla para entender quais caminhos seguir e, assim, aprimorar suas ações relacionadas ao tema”, comenta Kruel.

O questionário, que tem como base um levantamento da ICI (Investment Company Institute), associação que reúne fundos de investimento regulados nos Estados Unidos, neste ano, abordou tópicos como autenticação, políticas e procedimentos, terceirização, acesso administrativo, operações de segurança, criptografia e covid-19.

“A expectativa é que a 9ª edição da pesquisa Iosco, cujo questionário deve ser distribuído pela Anbima em meados de 2023, mantenha a forte atratividade deste ano e siga como uma importante referência das melhores práticas de segurança cibernética ao redor do mundo”, finaliza Kruel.

FONTE: MONITOR MERCANTIL

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