Biometria facial pode ter evitado R$ 29 bi em fraudes em seis meses

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Estudo da Serasa Experian aponta que 13,4% das consultas de reconhecimento facial apresentaram indícios de fraude e foram bloqueadas 

Um estudo inédito da Serasa Experian revelou que milhares de tentativas de fraude foram barradas por meio da biometria facial. De uma amostra de 42,1 milhões de consultas biométricas, entre os meses de outubro de 2022 a março de 2023, 13,4% teriam alta probabilidade de serem operações fraudulentas. Se esses negócios fossem concretizados, o prejuízo seria de mais de R$ 29 bilhões.

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A biometria facial é uma solução construída por meio de redes neurais, um conjunto de inteligência computacional, que realiza um mapeamento matemático das características do rosto de uma pessoa, como uma impressão facial. Essa forma de autenticação é a que a população brasileira mais confia, com 93% da preferência, segundo uma pesquisa feita pela Serasa Experian em 2022. 

A análise identificou que o varejo físico e online teve a maior concentração de tentativas de fraude. Se não fosse a tecnologia de biometria facial, 16% das consultas do comércio poderiam ter sido ações de cibercriminosos. Em segundo lugar ficou o setor financeiro, com 14,9% e, em terceiro, o setor de telefonia, com 9,7% das consultas biométricas apresentando alto risco para fraude. 

Fraudadores falham em tentar contornar biometria facial 

De acordo com a Serasa Experian, mesmo que os fraudadores usem imagens montadas, edição de vídeos em movimento, fotos com fundo falso ou mesmo o deepfake (redes neurais capazes de gerar faces aleatórias bem convincentes), existe uma gama computacional treinada para entender que aquela situação se trata de um cibercrime e não de um rosto humano. 

Segundo o relatório Global de Fraude e Identidade da Serasa Experian, em 2022, a cada 100 tentativas de realizar fraudes online, cinco envolveram o uso de máscaras, vídeos e técnicas de deepfakes, um crescimento de 66% em relação ao ano anterior e a expectativa para 2023 é que este número continue subindo. 

Mesmo com o crescimento dos ataques, a Serasa Experian defende que a biometria facial é segura, pois permite avaliar diversos atributos da jornada de captura da imagem como, por exemplo, ruídos de edição da imagem, profundidade, sombras, fotos de fotos ou arquivos não capturados pela câmera do dispositivo. 

Como se proteger 

A empresa lembra que, quando se trata de pagamento online, vale lembrar que há boas práticas para realizá-lo de forma segura e simples e se proteger de fraudes. 

  1. Rede de internet privada: Evite usar internet pública quando for fazer pagamentos ou acessar contas em banco, por exemplo.
  2. Senhas fortes: É muito importante criar códigos numéricos variados e não usar um único para diversos serviços. Além disso, é importante mesclar letras maiúsculas e minúsculas, caracteres especiais, como @ e #, e números, desde que não sejam sequenciais (1234, por exemplo).
  3. Utilize aplicativos seguros: Certifique-se de que os aplicativos que você está usando sejam seguros.
  4. Reporte perda ou roubo de documentos: O reporte do fato ajuda a prevenir fraudes envolvendo seu nome e seus documentos, já que a Serasa Experian pode, a partir do reporte, notificar empresas parceiras que a documentação foi perdida ou roubada ao consultar o CPF. O cadastro desse alerta é gratuito.
  5. Se você for a pessoa jurídica, invista em camadas de segurança: Sabemos que não existe bala de prata, mas é importante que a empresa invista em autenticação contínua e em múltiplas camadas de segurança.

FONTE: IP NEWS

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