Ataque hacker na Prefeitura do Rio de Janeiro atrapalha saúde

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Na esteira da prevenção ao novo coronavírus, a Prefeitura do Rio de Janeiro foi alvo de um ataque hacker nos últimos dias. Com o caso sendo apurado ainda, até a área da saúde foi atrapalhada pelo caso, uma vez que os dados de pacientes foram comprometidos.

O ataque recebido pela Prefeitura do Rio é um ransomware, malware especializado em bloquear acesso ao computador. Após ser instalado em um computador, o usuário perde o acesso aos seus arquivos, que ficam bloqueados por criptografia intensa.

Vários ransomwares tem atacado prefeituras no Brasil, tendo em 2020 um aumento no número de casos. Isso porque, em meio a pandemia do novo coronavírus, o número de ataques hackers cresceu em todo o mundo, assim como o interesse em se tornar um.

Site da Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro
Site da Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro – Reprodução

Ataque hacker compromete área da saúde após infectar computadores da Prefeitura do Rio de Janeiro

Em meio a pandemia do novo coronavírus, aumentou o número de casos de ataques virtuais. Isso porque, com as pessoas em casa e mais propensas a clicar em links suspeitos, os hackers maliciosos intensificaram os ataques.

Além disso, empresas e órgãos governamentais são alvo de ataques cibernéticos, uma vez que teriam mais condições de pagar por supostos resgates. Dessa forma, a propagação de ransomwares tem buscado atingir mais locais públicos como, por exemplo, prefeituras.

Apenas em 2020, várias prefeituras já tiveram seus sistemas invadidos por ransomware no Brasil e no mundo. De acordo com o FBI, pelo menos R$ 645 milhões em Bitcoin teriam sido solicitados por hackers atuando por trás dos ransomwares.

O novo alvo de um ataque hacker na modalidade ransomware em território brasileiro foi a Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro. Segundo informações a BandNews FM, pelo menos 13 unidades de saúde teriam tido seus computadores bloqueados pela invasão.

Os médicos das unidades, que trabalham com prontuários eletrônicos, estariam com dificuldades de acessar os registros dos pacientes. Ou seja, além de afetar duramente os serviços da unidade, compromete até o combate e prevenção ao novo coronavírus na cidade, que é a segunda do Brasil em número de casos confirmados de COVID-19.

e-SUS só será liberado após pagamento em Bitcoin do resgate

O sistema e-SUS Atenção Primária é um dos que foi afetado pelo ransomware em algumas unidades de saúde. De acordo com a BandNews FM, o sistema só será liberado após o pagamento do resgate em Bitcoin, muito usada por hackers em casos assim.

O ataque ocorreu na última semana, mas após alguns dias ainda não conseguiram o acesso aos dados novamente. Os médicos estão impossibilitados, pelo menos em 13 unidades de saúde, de observar e registrar dados de pacientes, o que atrapalha o funcionamento pleno da prefeitura.

Segundo informações, o ransomware teria atacado no mesmo dia em que sistemas passavam por atualizações. A equipe técnica já teria sido acionada e trabalha com a restauração de backups dos dados, mas não é claro quando tudo voltará ao normal.

O ransomware é considerado uma forma de estelionato digital, que é um crime no Brasil segundo código penal. Uma ameaça foi deixada na área de trabalho dos computadores, com informações sobre como proceder ao pagamento de resgate. As unidades estão realizando o registro de denúncias na Polícia Civil, que vai apurar o caso.

O Livecoins tentou contato com a Prefeitura do Rio de Janeiro e com a Polícia Civil do estado para entender como está sendo tratado esse ataque hacker. Contudo, até o fechamento desta ainda não havíamos recebido retorno com mais informações.

Por fim, cabe o destaque que as prefeituras do Brasil estão sendo cada vez mais alvos de ataques dessa modalidade, principalmente durante a quarentena. Em um caso recente, a Câmara Municipal de uma cidade do interior do Mato Grosso também foi alvo, pedindo R$ 12 mil em Bitcoin para liberar os sistemas.

Mais pessoas estão interessadas em se tornar hacker durante pandemia do novo coronavírus

Durante a pandemia do novo coronavírus mais pessoas têm se interessado no assunto hacker. Nos últimos dias, por exemplo, o Anonymous Brasil teria vazado informações privadas do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Além disso, foram vazadas informações do presidente dos EUA, Donald Trump, que ganhou repercussão mundial.

Entretanto, muitos não estão apenas acompanhando o movimento dos hackers, mas desejam se tornar um. De acordo com um levantamento feito pelo CyberNews, o número de pesquisas sobre “como se tornar um hacker” cresceu bastante durante a pandemia.

Ou seja, muitos tem interesse em aprender como manipular tecnologias e trabalhar como hackers, que são contratados com frequência pelas empresas. A área de segurança digital passa por um bom momento e há aqueles hackers que trabalham para ajudar as empresas a se defender.

Contudo, as pesquisas sugerem que as pessoas querem aprender a cometer crimes pela internet. Dessa forma, fica claro que com a pandemia, crimes digitais como o ransomware, por exemplo, poderá ter um pico, devendo usuários de tecnologia redobrar a atenção ao clicar em links suspeitos ou baixar arquivos de fontes desconhecidas.

FONTE: LIVECOINS

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