Ataque de ransomware atrasa operações no maior porto do Japão

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O dwell time de contêineres de importação no Porto de Nagoya saltou de cinco dias para 30 dias

O porto de Nagoya, o maior terminal marítimo do Japão, foi alvo de um ataque cibernético na terça-feira da semana passada (4/7). A ação dos hackers levou a autoridade portuária local a interromper todas as operações no porto, o que já está trazendo atrasos nas remessas e nos desembarques de cargas.

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De acordo com a Autoridade Portuária de Nagoya, emitiu um comunicado sobre um mau funcionamento no sistema que controla todos os terminais de contêineres do porto. O motivo seria um ataque de ransomware ocorrido por volta das 6h30 (horário do Japão) de terça-feira. 

Dados da project44, provedora de tecnologias de visibilidade para a cadeia de suprimentos, mostram que o tempo médio de permanência (dwell time) de contêineres de importação no Porto de Nagoya, que era de cinco dias em 3 de julho, saltou para 30,9 dias em 5 de julho, após o ciberataque. Isso representa uma queda de 98% no volume de importação do terminal japonês. 

A project44 explica que vários fatores podem ser responsáveis por esse atraso, como problemas com papelada, inspeções ou atrasos na entrega do cliente. A empresa destaca que, embora não seja incomum que os contêineres permaneçam nos portos por longos períodos, vale notar que, em circunstâncias normais, um volume maior de contêineres seria liberado. 

Embora grandes exportadoras japonesas relataram não ter sofrido impactos na produção até agora, a suspensão das atividades inevitavelmente trará consequências para as operações. O problema de segurança já vem sendo sanado, conclui a empresa. 

Histórico de ataques 

Não é a primeira vez que o Porto de Nagoya é alvo de ciberataques. Em 6 de setembro do ano passado, o site do porto caiu por cerca de 40 minutos devido a ataque de negação de serviço (DDoS) lançado pelo grupo pró-russo Killnet. 

Analistas de segurança do mercado especulam que o novo ataque também pode estar ligado à Rússia. Isso porque há um grupo famoso de ransomware, o LockBit, que teria forte ligação com o presidente Vladimir Putin. O ataque poderia ser uma forma de retaliação, já que o Japão tem fornecido apoio à Ucrânia, inclusive com recursos. 

FONTE: IP NEWS

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