Ataque a observatório no Chile coloca foco na segurança espacial

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Legisladores e especialistas em segurança cibernética veem o espaço como outra fronteira para ataques cibernéticos, com hackers visando a indústria espacial para fins geopolíticos e militares

Um dos maiores observatórios astronômicos do mundo, o Atacama Large Millimeter Array (Alma), no Chile, sofreu um ataque cibernético no final de outubro e foi forçado a suspender os trabalhos, segundo anunciaram os administradores do observatório na semana passada. O ciberataque afetou os sistemas de computação e derrubou o website do observatório. As antenas e os dados científicos não foram comprometidos, mas o Alma teve de suspender as observações espaciais e restringir o uso de seus serviços de e-mail.

Embora a ameaça tenha sido contida, ainda não é possível estimar quando o observatório voltará a operar normalmente, segundo seu comunicado. Uma investigação sobre o incidente está em andamento e os danos causados ​​pelo ataque cibernético ainda não estão claros. Procurado pelo site The Record, o observatório não respondeu ao pedido de esclarecimentos.

O Alama é uma constelação de 66 radiotelescópios, avaliados em de cerca de US$ 1,4 bilhão. Eles podem capturar imagens de alta qualidade de ondas de rádio muito fracas emitidas por objetos astronômicos distantes até 13 bilhões de anos-luz de distância da Terra.

Ainda não se sabe como os hackers entraram no sistema de computação do Alma, mas especialistas dizem que essas violações geralmente são causadas por erro humano, possivelmente por meio de ataques direcionados de engenharia social.

O ataque ao observatório é um dos muitos que têm como alvo a tecnologia espacial. Antes da invasão da Ucrânia no final de fevereiro, hackers russos atacaram o provedor de internet via satélite Viasat, interrompendo as comunicações na Europa e na Ucrânia.

Os hackers também estão intensificando os ataques cibernéticos aos sistemas de internet por satélite Starlink de Elon Musk, que fornecem internet para 40 países.

Legisladores e especialistas em segurança cibernética veem o espaço como outra fronteira para ataques cibernéticos, com hackers visando a indústria espacial para fins geopolíticos e militares. Embora os métodos de invasão de sistemas espaciais — roubo de credenciais, ataques de phishing, infecções por malware — sejam semelhantes aos existentes, o dano de tais ataques pode ser especialmente caro e mais difícil de se recuperar.

FONTE: CISO ADVISOR

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