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A Thales divulgou, em maio de 2025, os resultados do Thales Data Threat Report 2025, um dos relatórios mais abrangentes sobre ameaças, tendências e prioridades em segurança da informação. A pesquisa, realizada pela S&P Global Market Intelligence 451 Research, ouviu mais de 3.100 profissionais de TI e segurança em 20 países e 15 setores da economia.
O dado que mais chama atenção: 69% das organizações enxergam o ecossistema em rápida evolução da Inteligência Artificial como o principal risco relacionado à IA Generativa (GenAI). Em seguida, aparecem preocupações com integridade (64%) e confiabilidade (57%) dos modelos.
A corrida pela GenAI acelera… e os riscos também
À medida que empresas avançam na adoção da IA Generativa — usada em tarefas como geração de conteúdo, automação de decisões e inferência —, crescem também os desafios de segurança. A pesquisa aponta que um terço das organizações já está integrando GenAI em seus processos ou passando por transformações impulsionadas por ela.
O problema? Muitas delas seguem implementando soluções baseadas em GenAI sem antes fortalecer a segurança dos dados ou entender completamente os riscos envolvidos. É o que alerta Eric Hanselman, analista-chefe da S&P Global:
“As empresas estão adotando a GenAI mais rápido do que conseguem compreender suas arquiteturas ou gerenciar os riscos associados.”
A resposta: mais investimento em segurança focada em IA
Frente aos novos desafios, 73% das empresas estão investindo em ferramentas de segurança específicas para IA — seja com novos orçamentos ou redirecionando recursos existentes.
As estratégias são diversificadas:
- Mais de dois terços estão adotando soluções oferecidas pelos próprios provedores de nuvem.
- Três em cada cinco estão usando ferramentas de fornecedores tradicionais de segurança.
- Quase metade está apostando em startups e tecnologias emergentes.
A segurança da IA Generativa já aparece como segunda maior prioridade em investimentos de segurança, perdendo apenas para a proteção em nuvem.
Principais ameaças: malware, phishing e… computação quântica
O relatório também aponta uma leve queda no número de vazamentos de dados. Em 2021, 56% das empresas relataram violações — número que caiu para 45% em 2025. O percentual de empresas que sofreram ataques nos últimos 12 meses caiu de 23% para 14%.
As principais ameaças continuam sendo:
- Malware (líder desde 2021)
- Phishing, que ultrapassou o ransomware
- Ransomware, agora em terceiro lugar
Hacktivistas e agentes estatais são considerados os principais atacantes, com o erro humano aparecendo em terceiro.
A corrida contra o tempo: segurança na era da computação quântica
Além da IA, outro alerta importante é sobre a chegada da computação quântica. Entre os riscos mais citados:
- Comprometimento da criptografia atual e futura (63%)
- Vulnerabilidade na distribuição de chaves criptográficas (61%)
- Ameaça do “capture agora, decripte depois” (58%) — em que dados interceptados hoje podem ser quebrados no futuro.
Em resposta, 60% das organizações já estão testando ou avaliando soluções de criptografia pós-quântica (PQC). Mas apenas um terço confia que provedores de nuvem ou telecom gerenciarão essa transição com eficácia.
“O tempo está contra nós”, afirma Todd Moore, VP global de produtos de segurança da Thales. “Apesar dos avanços, o ritmo da transição para algoritmos PQC ainda é lento, e isso pode deixar dados críticos expostos.”
Conclusão
O Thales Data Threat Report 2025 revela que, embora as empresas estejam avançando na proteção de dados, o ritmo da inovação — puxado por GenAI e pela computação quântica — exige uma mudança mais rápida, estratégica e coordenada na forma como a segurança da informação é tratada.
Para quem busca se manter competitivo e seguro no cenário atual, o recado é claro: não basta adotar tecnologia — é preciso proteger os dados que a alimentam.
Esse artigo tem informações retiradas do site da Thales. A Neotel é parceira da Thales e, para mais informações sobre as soluções e serviços da empresa, entre em contato com a gente.