Por Todd Moore, Vice-Presidente de Produtos de Segurança de Dados da Thales
Nos anos passados, apenas grandes empresas precisavam se preocupar com crimes cibernéticos. Para os criminosos cibernéticos, pequenas e médias empresas (PMEs) não eram alvos atraentes; as poucas pessoas capazes de realizar um ataque cibernético bem-sucedido estavam interessadas apenas em capturar grandes empresas.
No entanto, as ofertas de Cybercrime-as-a-Service (CaaS) essencialmente democratizaram o crime cibernético. Criminosos em potencial agora precisam apenas de um entendimento básico de cibersegurança, acesso à internet e alguns dólares para iniciar um ataque. Assim, o crime cibernético tornou-se indiscriminado, com criminosos atacando qualquer organização, independentemente do tamanho.
Neste post, exploraremos o que é o CaaS e como ele impactou o cenário contemporâneo de ameaças.
O que é Cybercrime-as-a-Service?
CaaS é um modelo no qual criminosos cibernéticos fornecem vários serviços de hacking e crime cibernético a outros indivíduos ou grupos, geralmente para ganho financeiro. Essencialmente, está tornando as atividades criminosas cibernéticas em mercadorias e comercializando-as, permitindo que até mesmo aqueles com pouca experiência técnica se envolvam no crime cibernético.
Neste modelo, os criminosos cibernéticos atuam como prestadores de serviços, oferecendo aos seus clientes uma gama de serviços ilícitos em troca de pagamento. Alguns exemplos comuns de ofertas de Cybercrime-as-a-Service incluem:
- Ransomware-as-a-Service (RaaS): Criminosos oferecem pacotes de ransomware que outros indivíduos ou grupos podem usar para infectar e criptografar os dados dos alvos. Os atacantes então exigem um resgate da vítima para descriptografar os dados.
- Distributed Denial of Service-as-a-Service (DDoSaaS): Neste serviço, criminosos fornecem ferramentas e infraestrutura para lançar ataques de negação de serviço distribuído (DDoS) em sites ou serviços online, tornando-os indisponíveis para usuários legítimos.
- Botnets-for-hire: Criminosos podem alugar suas botnets, que são redes de computadores ou dispositivos comprometidos controlados por uma entidade central (o botmaster). Esses botnets podem ser usados para enviar spam, realizar ataques DDoS ou espalhar malware.
- Serviços de roubo de credenciais: Alguns criminosos oferecem serviços para roubar credenciais de login (por exemplo, nomes de usuário e senhas) de indivíduos ou empresas. Outros criminosos podem então usar essas credenciais para facilitar acesso não autorizado adicional ou vendê-las na dark web.
- Malware-as-a-Service (MaaS): Criminosos vendem kits ou ferramentas de malware prontos, permitindo que outros lancem ataques sem criar o malware do zero.
É importante lembrar que o Cybercrime-as-a-Service ainda está em seus estágios iniciais e provavelmente só melhorará. Com o tempo, as redes underground otimizarão suas formas de operação e, consequentemente, aumentarão seu retorno sobre o investimento. Criminosos pagarão apenas pelo que precisam e escalarão a atividade para cima e para baixo dependendo das taxas de sucesso. Por exemplo, durante a temporada de festas, há mais oportunidades para ser disruptivo sem ser detectado.
Combatendo o Cybercrime-as-a-Service
À medida que as ofertas de CaaS se tornam mais comuns e sofisticadas, as organizações devem reconhecer que qualquer organização, independentemente do tamanho ou renome, é uma vítima potencial do crime cibernético. As PMEs não podem mais se apegar à ideia de que são “pequenas demais para serem atacadas” e evitar implementar os procedimentos de cibersegurança necessários. Na verdade, pesquisas sugerem que pequenas empresas são mais propensas a serem atacadas do que suas contrapartes maiores.
Com o crime cibernético se tornando mais acessível a mais indivíduos e grupos de crimes organizados, as organizações devem tomar medidas adicionais para proteger seus dados – onde quer que estejam. É imperativo que as empresas saibam exatamente onde estão seus dados sensíveis e apliquem os controles de segurança corretos. A gestão centralizada de chaves e políticas é crucial para manter o controle dos dados em todos os ambientes (incluindo nuvens públicas, privadas e híbridas). As empresas também devem garantir que os dados sensíveis estejam criptografados – apenas no caso de o pior acontecer e os hackers conseguirem ganhar acesso aos sistemas da empresa.
No entanto, proteger adequadamente contra o CaaS exige um programa básico, mas abrangente, de cibersegurança. Uma estratégia básica de cibersegurança deve incluir os seguintes componentes:
- Avaliação de Risco: Identificar e priorizar riscos de cibersegurança avaliando ativos, ameaças, vulnerabilidades e impacto potencial.
- Educação e Treinamento: Educar os funcionários sobre melhores práticas, incluindo senhas fortes, conscientização sobre phishing, uso seguro da internet e relatório de atividades suspeitas.
- Senhas Fortes e Autenticação: Implementar políticas robustas de senha e incentivar a autenticação multifator (MFA).
- Firewalls e Segurança de Rede: Instalar firewalls para controlar o tráfego de entrada/saída, prevenindo acesso não autorizado e filtrando conteúdo malicioso.
- Atualizações de Software e Gerenciamento de Patch: Manter o software atualizado para evitar exploração de vulnerabilidades conhecidas.
- Criptografia de Dados: Usar criptografia para proteger dados sensíveis em trânsito e em repouso.
- Configuração Segura: Garantir que hardware e software estejam configurados de forma segura.
- Backup e Recuperação: Fazer backup regular de dados críticos e verificar os backups.
- Plano de Resposta a Incidentes: Desenvolver um plano para responder a violações de cibersegurança, incluindo papéis, comunicação e mitigação.
- Controle de Acesso e Privilégio Mínimo: Implementar controles de acesso para limitar privilégios de usuário.
À medida que as operações de CaaS se tornam cada vez mais sofisticadas, as organizações devem permanecer vigilantes e melhorar continuamente suas defesas de cibersegurança para proteger seus dados sensíveis e manter o controle sobre seus ativos digitais. Adaptar-se ao cenário de ameaças em mudança e manter-se proativo na defesa contra ameaças cibernéticas é essencial.
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Esse artigo tem informações retiradas do blog da Thales. A Neotel é parceira da Thales e, para mais informações sobre as soluções e serviços da empresa, entre em contato com a gente.