
Single Sign-On (SSO) é um modelo de autenticação no qual o usuário faz login uma única vez com um conjunto de credenciais para acessar várias aplicações. Ele é parte essencial de muitos sistemas de gestão de identidade e acesso (IAM). Em vez de precisar de um usuário e senha específicos para cada aplicação, o SSO oferece acesso com um clique a todas as ferramentas autorizadas, de forma segura e sem redundância.
Por exemplo, pense em um colaborador que inicia sua sessão corporativa no começo do expediente. Assim que ele é autenticado, pode abrir o e-mail, acessar documentos em armazenamento na nuvem, visualizar atualizações em uma ferramenta de gestão de projetos ou consultar registros em um CRM sem precisar realizar novos logins.
O Web SSO é o tipo mais comum, usado em aplicações corporativas baseadas em nuvem, onde o acesso a diversos aplicativos web é concedido por meio de um único evento de autenticação. Embora o Web SSO seja o foco principal desta página, também exploraremos rapidamente outros tipos de SSO.
O funcionamento do Web SSO (assim como de outros tipos de SSO) é viabilizado por um sistema de identidade federada. Um Provedor de Identidade (IdP) central autentica o usuário e repassa tokens de autenticação para vários Provedores de Serviço (SPs), como Salesforce ou Slack. Esses tokens servem como prova de identidade válida. Normas como SAML (Security Assertion Markup Language) e OpenID Connect (OIDC) definem como essas informações são transmitidas de forma segura.
Em contraste, a abordagem legada — na qual cada serviço tem seu próprio login — obriga o usuário a registrar e lembrar credenciais diferentes para cada aplicação. Isso geralmente leva à fadiga de senhas, aumento de solicitações de redefinição e maior risco de reutilização de credenciais. Do ponto de vista de segurança, cada login adicional representa um vetor de ataque em potencial.
O cenário atual exige algo melhor. A migração para ambientes em nuvem e o trabalho remoto ampliaram a quantidade de sistemas usados diariamente pelos colaboradores. Hoje, o SSO deixou de ser apenas conveniente: tornou-se essencial.
Outros tipos de SSO
Embora o Web SSO seja o mais comum, o SSO pode assumir outras formas dependendo do caso de uso:
- SSO via login social: o usuário autentica-se com credenciais de plataformas sociais para acessar aplicações de terceiros.
- SSO de rede corporativa: autentica usuários em diversos sistemas locais automaticamente quando fazem login no dispositivo corporativo, geralmente integrado ao Active Directory.
- SSO móvel: permite acesso contínuo a vários aplicativos móveis sem exigir logins separados, aproveitando identidade móvel e autenticação no nível do dispositivo.
- SSO federado: possibilita que usuários de diferentes organizações ou domínios autentiquem-se com suas credenciais de origem, como em ecossistemas de parceiros ou instituições de ensino.
Apesar das variações, todas compartilham o mesmo objetivo: reduzir o número de autenticações necessárias em sistemas confiáveis, mantendo uma postura de segurança sólida.
Por que o Web SSO é importante
Desafios que impulsionam a adoção
- Ecosistemas de aplicações cada vez maiores: empresas modernas dependem de CRMs, plataformas de colaboração, suítes de produtividade e dezenas de outros sistemas. Sem SSO, cada um exige login separado, tornando a experiência frustrante e ineficiente.
- Sobrecarga de senhas: lembrar credenciais exclusivas para cada serviço gera comportamentos de risco, como reutilização de senhas ou armazenamento inseguro. Pesquisas mostram que mais de 50% dos usuários reutilizam senhas, aumentando as chances de comprometimento.
- Riscos de segurança: cada ponto de login é uma vulnerabilidade. Mais credenciais significam mais oportunidades para phishing, ataques de força bruta e roubo de credenciais.
- Carga no suporte de TI: redefinições de senha continuam sendo um dos problemas mais comuns e caros para os helpdesks, consumindo tempo e recursos.
- Shadow IT e atalhos inseguros: quando o acesso é difícil, usuários recorrem a aplicativos não autorizados ou armazenam senhas de forma insegura, criando riscos de conformidade e brechas de segurança.
Benefícios centrais do Web SSO
- Melhor experiência do usuário: um único login no início do dia dá acesso contínuo a todas as ferramentas necessárias.
- Postura de segurança fortalecida: menos credenciais significam menos pontos de falha. Além disso, o SSO facilita a aplicação de políticas de segurança centralizadas e o uso de MFA.
- Aumento de produtividade: menos tempo perdido com credenciais resulta em mais foco em tarefas estratégicas.
- Operações de TI simplificadas: gestão centralizada de acessos reduz chamados, acelera onboarding/offboarding e auxilia em auditorias.
- Superfície de ataque reduzida: ao consolidar a autenticação via IdP confiável, a detecção e resposta a ameaças se tornam mais rápidas e eficazes.
Como o Web SSO funciona
O SSO opera com base na relação de confiança entre o Provedor de Identidade (IdP) e os Provedores de Serviço (SPs):
- Autenticação do usuário: login único no IdP com credenciais corporativas.
- Emissão do token: após autenticação bem-sucedida, o IdP gera um token de segurança.
- Requisição de acesso: ao acessar um SP, a solicitação é redirecionada ao IdP para validação.
- Validação do token: o IdP confirma a identidade do usuário e concede acesso.
- Continuidade da sessão: o usuário mantém a sessão autenticada em todas as aplicações protegidas.
Em ambientes híbridos, o SSO conecta sistemas locais e em nuvem. Active Directory ou LDAP podem autenticar aplicações legadas, enquanto protocolos como SAML e OIDC gerenciam serviços em nuvem.
Componentes-chave do SSO
- Protocolos: SAML, OIDC e OAuth garantem comunicação segura entre IdPs e SPs.
- Provedores de Identidade (IdP): serviços centralizados que verificam credenciais e gerenciam tokens de sessão.
- Provedores de Serviço (SP): aplicações que confiam no IdP para autenticação.
- Autenticação multifator (MFA): camada adicional de segurança além do SSO.
- Serviços de diretório: como Active Directory ou LDAP, armazenam atributos e funções dos usuários.
Esses componentes trabalham juntos para oferecer segurança sem comprometer a usabilidade.
Destaque: Setor BFSI (Bancos, Serviços Financeiros e Seguros)
O setor BFSI enfrenta alta pressão para proteger acessos a dados sensíveis e, ao mesmo tempo, garantir disponibilidade contínua a colaboradores, clientes e parceiros.
Principais pontos:
- Expectativas de segurança: uma única falha pode destruir a confiança e a reputação da marca.
- Eficiência operacional: grandes equipes distribuídas precisam de acesso seguro e sem atritos.
- Infraestrutura híbrida: muitas empresas ainda dependem de sistemas locais por motivos regulatórios e operacionais. O SSO conecta ambientes legados e modernos sem criar silos.
- Conformidade regulatória: normas como PCI DSS, GDPR e NIS2 exigem controles rigorosos de identidade e acesso. O SSO facilita auditorias e conformidade.
Relatórios de mercado apontam que o BFSI está entre os setores que mais investem em SSO e identidade federada, visando reduzir riscos, apoiar o trabalho remoto e atender às exigências regulatórias.
O que considerar em uma solução de SSO
A escolha da solução deve equilibrar segurança, usabilidade e flexibilidade. Os melhores sistemas seguem princípios como:
- Segurança com MFA, autenticação sem senha e políticas contextuais.
- Experiência fluida, sem interrupções constantes.
- Suporte a padrões abertos (SAML, OIDC) e integração em nuvem, híbrida e local.
- Escalabilidade para acompanhar o crescimento do negócio.
- Resiliência para manter operações mesmo durante falhas.
Evite soluções que criem dependência de ecossistemas proprietários ou aumentem a complexidade com arquiteturas rígidas.
A necessidade de segurança e visibilidade
No mundo corporativo atual, repleto de aplicações e acessos, o login único não é mais luxo — é requisito.
O SSO entrega segurança e conveniência:
- Dá aos colaboradores acesso imediato e transparente às ferramentas de que precisam.
- Permite às equipes de segurança aplicar controles sem atrapalhar a produtividade.
- Reduz logins, riscos e sobrecarga de TI.
Em setores de alto risco, como o financeiro, o SSO equilibra acesso seguro e resiliência operacional, ajudando organizações a proteger dados críticos sem abrir mão da eficiência.
Esse artigo tem informações retiradas do blog da Thales. A Neotel é parceira da Thales e, para mais informações sobre as soluções e serviços da empresa, entre em contato com a gente.