Por Marco Venuti | IAM Enablement & Acceleration Director da Thales
Na era digital, a colaboração entre seres humanos saiu dos limites do escritório físico e da organização individual. As fronteiras geográficas não limitam mais os negócios, e eles frequentemente se envolvem com parceiros, fornecedores e equipes remotas em todo o mundo. No entanto, essa colaboração online traz seu próprio conjunto de desafios. No cerne desse desafio está a identidade do usuário e a gestão de acesso. São essas demandas que a Gestão Delegada de Usuários vem resolver.
O que é Gestão Delegada de Usuários?
A Gestão Delegada de Usuários entra em cena sempre que uma organização precisa fornecer acesso a aplicativos selecionados que elas gerenciam centralmente a usuários pertencentes a fornecedores ou organizações parceiras.
Trata-se de lidar com o acesso de usuários externos, capacitando usuários confiáveis da organização parceira com a autoridade para lidar com identidades de usuário sem conceder a eles controle administrativo total.
Considere este exemplo prático para entender sua importância: Considere o Banco Central Europeu (BCE), que desempenha um papel crucial na política monetária dentro da zona do euro. O BCE não opera isoladamente. Em vez disso, ele colabora extensivamente com bancos centrais nacionais de vários estados membros. A colaboração envolve acesso para bancos nacionais a aplicativos gerenciados centralmente pelo BCE.
Agora, cada banco nacional tem seu próprio conjunto de usuários, sistemas e requisitos de acesso. Seria impraticável e potencialmente arriscado para a equipe de TI central do BCE gerenciar os direitos de acesso de cada usuário individual de todos esses bancos parceiros. É aqui que a Gestão Delegada de Usuários se destaca.
Com a Gestão Delegada de Usuários, o BCE pode “delegar” a cada banco nacional o gerenciamento de seu acesso de usuário. Por exemplo, o Banco da França poderia ser delegado a autoridade para gerenciar o acesso para sua equipe, enquanto o Bundesbank na Alemanha gerencia o seu próprio. Isso garante que cada banco mantenha o controle sobre seus usuários, enquanto o BCE garante a aderência aos protocolos e diretrizes de segurança gerais.
Um sistema assim promove eficiência (sem tempos de espera para permissões de acesso), aprimora a segurança (as violações locais permanecem localizadas) e garante adaptabilidade (cada banco pode personalizar o acesso com base em suas necessidades únicas). Neste quadro interconectado, a Gestão Delegada de Usuários não é apenas uma solução técnica; é um imperativo operacional.
Para organizações como o BCE, a Gestão Delegada de Usuários não é apenas sobre gerenciamento eficiente de identidade; é sobre proteger a integridade das colaborações entre bancos em uma escala continental.
Por que a Gestão Delegada de Usuários é importante?
Na vasta paisagem digital, onde o acesso a dados e os papéis dos usuários são fundamentais para operações suaves, entender a importância da Gestão Delegada de Usuários se torna crucial para os negócios.
- Segurança: Um dos aspectos mais críticos de qualquer operação digital é a segurança. A Gestão Delegada de Usuários garante que os direitos de acesso não sejam centralizados, reduzindo o risco de violações massivas de dados. Com o acesso delegado, os danos são frequentemente localizados e contidos, mesmo se um ator malicioso conseguir entrar.
- Escalabilidade: À medida que as organizações crescem e evoluem, o número de usuários acessando sistemas pode aumentar exponencialmente. Delegar a administração de usuários fornece um framework que escala com a empresa, garantindo que o gerenciamento de usuários nunca se torne um gargalo.
- Flexibilidade e velocidade: Permitir que departamentos individuais ou equipes parceiras gerenciem usuários significa tempos de resposta mais rápidos e suaves para solicitações de acesso e modificações. O usuário parceiro não precisa mais esperar que a equipe de TI central conceda novo acesso.
- Colaboração diversificada: Os negócios de hoje frequentemente colaboram com entidades externas, como parceiros e fornecedores. A administração delegada permite que as organizações concedam a essas entidades externas direitos limitados para gerenciar seus usuários, garantindo colaboração suave sem comprometer a segurança.
Gerenciando identidades: Além da força de trabalho interna
Enquanto os funcionários são a espinha dorsal de qualquer organização, colaboradores externos como parceiros, fornecedores e clientes estão se tornando cada vez mais integrais ao nosso ecossistema empresarial interconectado. Gerenciar eficientemente as identidades desses grupos de usuários externos não se trata apenas de segurança; trata-se de permitir colaborações mais suaves e otimizar eficiências operacionais. Aqui está uma análise mais detalhada dos benefícios mais amplos:
- Capacitar usuários: A Gestão Delegada de Usuários não restringe o acesso; ela capacita. As organizações instilam um senso de propriedade e responsabilidade, dando aos parceiros e fornecedores autonomia para gerenciar suas próprias identidades de usuário dentro de limites predefinidos. Essa capacitação pode levar a colaborações mais proativas e aprimorar a eficiência.
- Adaptar-se às necessidades do negócio: Os ambientes empresariais são dinâmicos. Uma abordagem única para o gerenciamento de identidades nem sempre se alinha com requisitos específicos de projeto ou colaborações. A administração de usuários delegados oferece a flexibilidade para adaptar o acesso do usuário com base nas necessidades de negócios em evolução, garantindo que os controles de acesso rígidos nunca atrapalhem as colaborações.
- Delegação amigável ao usuário empresarial: Nem todos são experts em tecnologia. Os sistemas modernos de delegação de usuários são projetados com a facilidade de uso em mente, garantindo que até mesmo usuários de negócios não técnicos possam gerenciar facilmente o acesso sem exigir intervenção constante da TI. Isso aumenta a produtividade e reduz possíveis gargalos.
- Escalabilidade fácil: À medida que as colaborações crescem e mais entidades externas entram em jogo, o número total de usuários que exigem acesso pode aumentar drasticamente. A Gestão Delegada de Usuários garante que o gerenciamento de identidades possa escalar sem problemas, sem sobrecarregar a equipe de TI central ou comprometer a segurança.
Em essência, trata-se de gerenciar identidades e aprimorar colaborações. Ao incorporar esses benefícios, as empresas podem garantir que sua abordagem ao gerenciamento de identidades se alinhe perfeitamente aos objetivos comerciais mais amplos, pavimentando o caminho para operações simplificadas e crescimento aprimorado.
Conclusão
A Gestão Delegada de Usuários é mais do que apenas uma solução técnica; é uma abordagem estratégica para gerenciar identidades digitais em um ambiente colaborativo moderno. À medida que as organizações continuam a expandir suas interações e colaborações online, a importância de um gerenciamento de usuários robusto, escalável e seguro não pode ser subestimada. Adotar essa abordagem garante que as empresas permaneçam ágeis e adaptáveis e reforce uma base sólida de confiança e segurança.
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Esse artigo tem informações retiradas do blog da Thales. A Neotel é parceira da Thales e, para mais informações sobre as soluções e serviços da empresa, entre em contato com a gente.