De acordo com a Polícia Federal, em Teresina, um grupo de hackers teria usado dispositivo clandestino conhecido como “chupa-cabra”, na rede interna de duas agências do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) .
A intenção dos criminosos era roubar dados da Previdência Social, reativar benefícios e obter pagamentos indevidos, divulgou a investigação.
Na manhã de quinta-feira (6), a Operação Upgrade cumpriu 46 mandados judiciais, sendo 22 de prisão temporária e 24 de busca e apreensão, expedidos pela 1ª Vara Federal de Teresina.
A ação foi feita em quatro estados, de acordo com a Polícia Federal.
De acordo com o órgão, os criminosos usavam o dispositivo eletrônico clandestino diretamente na rede do INSS.
Depois de roubar dados, os golpistas reativavam benefícios e geravam pagamentos de valores atrasados.
As quantias roubadas eram enviadas para contas bancárias diferentes das contas dos segurados.
A ação foi um desdobramento das operações Chupa-cabra e Backup, deflagradas em 2023 nas capitais piauiense e paulista. Mais de 100 agentes foram mobilizados, com apoio da Coordenação de Inteligência Previdenciária.
A base de atuação dos hackers, uma empresa de fachada apontada nas investigações, teria sede em São Paulo.
O grupo de criminosos seria responsável por invasões cibernéticas em diversos estados da federação, vazamento de senhas de servidores do INSS e reativações indevidas de benefícios.
A Polícia Federal ainda não sabe o valor total do prejuízo causado pelas ações criminosas.
Vale destacar que os suspeitos podem responder pelos crimes de:
- Organização criminosa;
- Furto eletrônica;
- Invasão de dispositivo informático;
- Lavagem de bens e valores.
Somando todas as penas, os criminosos podem pegar 30 anos de prisão.
Com informações da Folha de S. Paulo
FONTE: CONTABEIS