Em um dos vazamentos feitos pelos hackers neste último domingo foram publicados 73.648 registros, contendo e-mails institucionais do Exército, nomes completos, contas e agências bancárias, números de títulos de eleitor e de telefones
O grupo hacker autodenominado Digital Space que invadiu os servidores do Exército Brasileiro e vazou uma grande quantidade de dados neste último domingo, 10, já havia publicado na internet há cerca de dois meses informações sensíveis de militares da Marinha do Brasil e de alunos da Escola Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAR), da Força Aérea Brasileira (FAB).
Na época, foram afetados 1.117 alunos da EPCAR, que tiveram expostos dados como ID interno, nome completo, nome de guerra, e-mail e senha. Já da Marinha foram vazados dados de 912 militares, que incluíam desde a patente (marinheiro, cabo, sargento suboficial, capitão de corveta, etc.), login, nome completo e senha.
No vazamento deste domingo, o grupo publicou uma amostra em 16 tabelas de bancos de dados, contendo e-mail, logins, senhas, CPFs. Muitos dados estão anonimizados, ou seja, não estão associados a outros que permitam identificar as pessoas como, por exemplo o CPF. No entanto, dois arquivos contêm informações sensíveis: um com 4.721 registros detalhados de identificação de pessoas, e outro com 73.648 registros, contendo e-mails institucionais do Exército, nomes completos, contas e agências bancárias, números de títulos de eleitor e de telefones. Alguns dos arquivos continham informações sensíveis como CPF, nome dos pais, estado civil, nível de escolaridade, religião e números de RG, CNH, entre outras.
O último acesso às planilhas é datado de abril, o que indica que a ação dos hackers foi feita recentemente.
CISO Advisor entrou em contato com o Departamento de Comunicação do Exército, mas até o momento não houve nenhum retorno sobre o vazamento.
Fonte: CISO Advisor