Empresas brasileiras não estão prontas para lei de dados, aponta Gartner

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Quando a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) entrar em vigor em agosto de 2020, menos de um terço das empresas brasileiras (30%) estarão prontas para cumprir todos os seus requisitos, segundo pesquisa da consultoria Gartner.

A LGPD prevê regras para proteger informações dos cidadãos coletadas e usadas por empresas públicas e privadas.

De acordo com Claudio Neiva, vice-presidente de pesquisa do Gartner, um aspecto essencial da nova lei é que as empresas terão de mudar sua postura em termos de coleta de dados. Ao invés de tentar capturar a maior quantidade possível de informações, elas deverão capturar apenas os dados que servem a um propósito específico. “O foco agora passa a ser garantir controle e transparência nas atividades de processamento de dados”, disse em comunicado.

De acordo com o Gartner, as três principais preocupações em relação à privacidade das informações são multas (46%) – que podem chegar a R$ 50 milhões por infração -, perder clientes (45%) e sofrer danos à reputação (44%).

O Brasil não está sozinho na preparação para a nova regulamentação de privacidade. Antes de 2023, mais de 80% das empresas de todo o mundo estarão sujeitas a pelo menos um regulamento de proteção de dados com foco em privacidade, segundo o Gartner.

“As organizações brasileiras devem perceber essa iniciativa como um programa e não como um projeto. Diferentemente de um projeto, que tem começo, meio e fim, um programa estabelece uma metodologia abrangente que influenciará permanentemente os processos de tomada de decisão com base em riscos e melhoria contínua da maturidade”, disse Bart Willemsen, vice-presidente do Gartner.

FONTE: VALOR EMPRESAS

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