Proteger os dados é de extrema importância e quando se fala em senhas, uma má elaboração do método de segurança pode trazer consequências. De acordo com um relatório da PSafe, 5 em cada 10 brasileiros utilizam a mesma senha em diferentes serviços na internet, representando 67,6 milhões de pessoas em todo país.
A pesquisa contou com 23.859 mil respostas de usuários através do aplicativo Dfndr Security, entre 6 de setembro e 26 de setembro de 2019. O resultado mostra que 23,4% dos entrevistados declararam que já compartilharam suas senhas com terceiros. 50,5% afirmam não ter o hábito de trocar suas senhas e 16,3% dos já usaram senha bancária ou do cartão de crédito em contas online.
Um problema “comum”
Apesar de sua relevância, não são todos os usuários que possuem uma grande preocupação na hora de elaborar uma senha e muitos acabam gerando códigos fracos. Neste ponto a pesquisa ressalta que o problema é mais comum do que se imagina e bastante preocupante em relação a segurança de contas na internet.
“Os cibercriminosos utilizam técnicas altamente sofisticadas para descobrir senhas com o intuito de invadir sistemas e contas. Contudo, códigos considerados fracos são sempre mais vulneráveis aos golpes. Para se ter uma ideia, atualmente, a senha mais utilizada pelos usuários é 123456. E para piorar o cenário, 16,3% dos entrevistados em nossa pesquisa afirmam já terem usado senhas bancárias em serviços online, o que pode causar consequências financeiras irreparáveis em caso de ataques”
Emilio Simoni, diretor do dfndr lab
Dicas para criar senhas fortes
Dê preferência para senhas longas de, no mínimo, 8 caracteres;
Misture letras minúsculas e maiúsculas, número e símbolos;
Evite senhas de fácil dedução, como data de aniversário, telefone ou nome de parentes;
Utilize uma senha diferente para cada conta ou serviço online, como e-mail e redes sociais;
-Realize a troca de suas senhas a cada três ou quatro meses e jamais informe seu código para terceiros;
Tenha cuidado com suas informações
Não há método totalmente eficaz, mas é considerável utilizar de estratégias para construir uma proteção mais reforçada na porta de entrada de contas.“Ao invadir uma conta, a primeira ação do atacante é tentar acessar outros serviços na internet com a mesma senha e, depois, alterá-la para que o usuário não tenha mais acesso a sua conta”, explica Simioni.
O diretor do laboratório especializado em segurança digital, ainda reforça que utilizar uma senha fraca ou repetida em diferentes serviços pode facilitar o acesso de possíveis hackers.
“Em alguns casos, o hacker pode utilizar informações da vítima e de seus contatos para enviar phishings personalizados por e-mail, induzindo que ela clique e informe dados sigilosos, como senhas bancárias”, completa o especialista.
FONTE: Consumidor Moderno