Empresas não levam a sério os riscos de segurança, diz Trend Micro

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A Trend Micro divulgou uma pesquisa em que afirma que 90% dos tomadores de decisão de TI acreditam que as empresas estão colocando em risco a segurança cibernética em favor da Transformação Digital, produtividade e outros objetivos. Além disso, 82% se sentem pressionados a minimizar a gravidade dos riscos cibernéticos para os membros da diretoria.

O levantamento, realizado pela Sapio Research e patrocinado pela Trend Micro, ouviu 5.321 tomadores de decisão de TI e negócios de empresas com mais de 250 funcionários em 26 países. As entrevistas revelaram que apenas 50% dos líderes de TI e 38% dos tomadores de decisão de negócios acreditam que os executivos de alto escalão (C-Level ou C-Suite) entendem completamente os riscos cibernéticos. Embora alguns pensem que isso ocorra porque o tema é complexo, e está em constante mudança, muitos acreditam que os membros do C-Level não se esforçam o suficiente (26%) ou não querem entender (20%).

“Os líderes de TI estão se autocensurando na frente de seus Conselhos por medo de parecerem repetitivos ou muito negativos, com quase um terço afirmando que essa é uma pressão constante. Mas essa atitude só vai perpetuar um ciclo vicioso onde os C-Level continuarão ignorando os riscos”, destaca Bharat Mistry, diretor Técnico da Trend Micro para o Reino Unido. “Precisamos falar sobre as ameaças de uma forma que a segurança se torne a força motriz do crescimento das empresas, ajudando a reunir líderes de TI e de negócios, já que na realidade ambos estão do mesmo lado”, observou.

Phil Gough, chefe de Segurança da informação da Nuffield Health, maior instituição filantrópica de Saúde do Reino Unido, aconselha os tomadores de decisão de TI a não minimizarem a gravidade dos riscos cibernéticos para a diretoria, e sugere que eles mudem sua linguagem para facilitar a comunicação. “Esse é o primeiro passo para alinhar a estratégia de segurança cibernética aos negócios, e é crucial. Articular os riscos cibernéticos dentro da visão do negócio vai atrair a atenção que merecem e ajudar o alto escalão a reconhecer a segurança como um facilitador de crescimento, e não um entrave à inovação”, garante Phil.

A pesquisa mostra que os líderes de TI e de negócios discordam sobre de quem deve ser a responsabilidade pelo gerenciamento e redução dos riscos. Os líderes de TI são quase duas vezes mais propensos do que os líderes empresariais a apontar para as equipes de TI e para o CISO; e 49% dos entrevistados afirmam que as ameaças digitais ainda estão sendo tratadas como um problema de TI, em vez de um risco comercial.

Esse atrito está causando problemas sérios: 52% dos entrevistados concordam que a atitude de sua organização em relação ao risco cibernético é inconsistente e varia de mês para mês.

No entanto, 31% dos ouvidos acreditam que a segurança cibernética é o maior risco do negócio hoje, e 66% acreditam que ela tem o maior impacto de custo do que qualquer outro risco.

Os entrevistados acreditam que os executivos se conscientizariam sobre o risco cibernético se:
• A organização sofresse uma violação de dados (62%);
• Eles pudessem explicar melhor e mais facilmente o risco dos ataques cibernéticos para o negócio (62%);
• Os usuários começassem a exigir credenciais de segurança mais sofisticadas (61%)

“Para tornar a segurança cibernética uma questão de diretoria, o Level-C tem que passar a vê-la como um verdadeiro habilitador de negócios”, disse Marc Walsh, arquiteto de Segurança Corporativa da Coillte, empresa florestal irlandesa. “Isso fará com que os líderes de TI e segurança articulem seus desafios ao conselho usando a linguagem do risco empresarial. E vai demandar investimentos e proatividade da cúpula da empresa, e não apenas soluções paliativas após uma violação”, finalizou.

FONTE: INFORCHANNEL

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