Empresas devem voltar da pandemia mais preocupadas com cibersegurança, revela ESET

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Guilherme Petry

Após sofrer um grave aumento de ciberataques durante a pandemia, o setor produtivo finalmente está acordando para a cibersegurança. Mesmo enfrentando um cenário de transformação digital forçado pela pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV-2), que gerou graves lacunas de cibersegurança, especialistas da firma eslovaca de segurança da informação, ESET, acreditam em um futuro otimista para o setor.

Em uma apresentação da ESET exclusiva para membros da imprensa, o pesquisador de segurança da informação, Daniel Barbosa e o engenheiro de vendas, Carlos Marino, apresentaram suas projeções para o ano que vem, contextualizando os dados da pesquisa “Tendências e Ameaças LATAM 2022”.

Especialistas apresentam suas projeções de segurança da informação para o cenário corporativo em 2022, com a volta da pandemia. Foto: ESET.
Especialistas apresentam suas projeções de segurança da informação para o cenário corporativo em 2022, com a volta da pandemia. Foto: ESET.

Segundo os especialistas, a pandemia da COVID-19 forçou uma transformação digital emergencial no universo corporativo, que abriu portas para falhas de segurança, principalmente nos casos onde os colaboradores trabalham com máquinas pessoais, sem os devidos procedimentos de segurança configurados, tanto na máquina, como na rede doméstica qual estão conectados.

Felizmente, os problemas de segurança gerados por essa mudança do escritório para o home office (ou modelo híbrido) já estão sendo reconhecidos pelas empresas. De acordo com os dados apresentados pela ESET, ainda há baixa implementação de processos básicos de segurança, como antivírus, VPN e autenticação de dois fatores. No entanto, mais de 70% das empresas revelaram que, nesse momento pós-pandemia, estão mais preocupadas com a segurança de seus dados.

Dados apresentados pelos especialistas durante a apresentação. Foto: ESET.Com a volta da pandemia, muitas empresas ainda precisam se adaptar a esse novo modelo de escritório. O desafio é completar essa transforação digital de forma responsável. Foto: ESET.
Com a volta da pandemia, muitas empresas ainda precisam se adaptar a esse novo modelo de escritório. O desafio é completar essa transforação digital de forma responsável. Foto: ESET.

“Esse sistema de modalidade híbrida, que está sendo bem adotado por boa parte das empresas e que já é uma realidade, nos traz dados relevantes. Segundo uma pesquisa da McKinsey, 9 a cada 10 empresas visam adotar definitivamente esse modelo de trabalho híbrido“, comenta Marino.

Além disso, 91% das empresas ouvidas pela pesquisa mencionada, tiveram que digitalizar processos críticos durante os momentos de isolamento social, o que mostra como as empresas não estavam preparadas para o teletrabalho. Outro dado alarmante é que 77% delas não forneceram equipamentos próprios para seus funcionários, forçando-os a utilizar suas máquinas pessoais, o que é um problema sério de segurança.

Embora o uso de softwares antivírus já seja bastante difundido, a baixa adoção de VPN e autenticação multifator preocupa os especialistas, que explicam que são configurações básicas e indispensáveis. Foto: ESET.
Embora o uso de softwares antivírus já seja bastante difundido, a baixa adoção de VPN e autenticação multifator preocupa os especialistas, que explicam que são configurações básicas e indispensáveis. Foto: ESET.

O modelo de trabalho híbrido é uma realidade e sua adoção é uma das principais tendências para o próximo ano. No entanto, a implementação desse modelo deve ser feita com responsabilidade.

Entre os principais desafios mencionados pelos especialistas, está o fornecimento de equipamento adequado, configurado com antivírus, VPN e autenticação multifator em todas as contas. Além disso, as empresas também devem investir em treinamento de conscientização, constantemente.

Outro ponto de destaque da apresentação está na adoção dos modelos “Zero Trust” (Confiança Zero), que segundo as pesquisas, cerca de 30% das companhias já implementaram este modelo e os outros 70% informaram que estão estudando a possibilidade.

Já para as desenvolvedoras de segurança da informação, os pesquisadores projetam um aumento no uso de tecnologias avançadas como inteligência artificial, aprendizado de máquinas e blockchain, que podem garantir níveis de controle e segurança ainda mais elevados.

FONTE: THE HACK

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