Qual é a relação entre ransomware e big data?

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Por Dácio Castelo Branco

Após mais de um ano de vigência da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), a proteção de informações empresariais continua sendo um tópico importante, seja por conta dos vazamentos de dados em empresas de diferentes segmentos, ou pelos recorrentes ataques cibernéticos de sequestro virtual (ransomware) que estão ocorrendo no Brasil e no mundo.

Segundo uma pesquisa realizada pela Check Point Software, os ataques ransomware cresceram em 92% no Brasil desde o início de 2021. E, ao mesmo tempo que essas ameaças se tornam comuns, o Big Data se consolida como uma ferramenta fundamental às empresas, e cria o alerta de preocupação com o uso desses dados coletados.

Big Data é o termo usado para descrever conjunto de dados maior e mais complexo, especialmente de novas fontes de dados. Esses conjuntos de dados são tão volumosos que o software tradicional de processamento de dados simplesmente não consegue gerenciá-los, mas são valiosos e importantes para empresas, com o investimento neles sendo importante para as companhias.

Porém, enquanto eles são importantes para as empresas, uma má implementação do Big Data pode facilitar o acesso de invasores a essas informações, conforme indicado por uma análise da Intel 471, que aponta que os cibercriminosos usam o Big Data para terem acesso aos dados e os monetizam em mercados ilícitos.

“Certamente, o panorama do mercado atual é preocupante, mas serve de alerta e prevenção às empresas que ainda não investem em cibersegurança. A relação entre o Big Data, ransomware e outros tipos de softwares maliciosos está cada vez mais próxima e reforça um ponto claro às empresas: cuidar dos dados é uma ação indispensável.” afirma Guilherme Tavares, CEO do Centro de Serviços Compartilhados (CSC) do Grupo Toccato.

Imagem: Reprodução/Joffi/Pixabay

Embora o volume de insumos coletados seja, muitas vezes, imensurável, o cenário atual mostra que apenas coletar dados e deixá-los armazenados já não é estratégico. É importante que, por segurança, o acervo das empresas conte somente com informações que agreguem valor aos negócios e possam ser convertidas em insights de dados, ou seja, análises do momento onde foram coletados.

“Com a vigência da LGPD, todo cuidado é pouco. Tendo consciência sobre a dimensão do problema, o ideal é que ações robustas de prevenção sejam tomadas, a fim de mitigar riscos e antever possíveis danos causados às organizações.” explica Tavares. “O backup, por exemplo, é uma estratégia básica e simples para não perder o acesso aos dados, mas não é suficiente para prevenir um possível ataque. Ferramentas específicas para cibersegurança devem ser o primeiro passo de prevenção”, completa.

A quantidade de dados transacionados pelas empresas é alta e a tendência é aumentar este número gradativamente. Por isso, ter dados lapidados é um passo essencial a ser adotado, resultando até mesmo em mineração de dados, para explorar e extrair padrões consistentes das informações, para transformá-las em insights úteis.

“Ao ”limpar” ao máximo sua base de dados, um grande risco já pode ser eliminado: sua empresa passa a saber exatamente quais informações estão armazenadas e qual é o tipo de conteúdo que está sendo manuseado. Para finalizar, tenha em mente que esse assunto deve ser o foco de investimentos em 2022 e fará parte da rotina das empresas. Não haverá mais a opção do inesperado e será preciso direcionar estratégias concretas à segurança digital.” finaliza Tavares.

FONTE: CANALTECH

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