Black Friday 2021: cibersegurança deve estar entre ações prioritárias

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Oferecer um ambiente online seguro para os consumidores é fundamental para o bom desempenho do negócio

A Black Friday é uma das épocas mais esperadas pelos varejistas e consumidores. Segundo dados da consultoria Ebit|Nielsen, o e-commerce movimentou 3,1 bilhões de reais só no dia 27 de novembro do ano passado. Com as vendas no online em alta, dados do relatório da Future Shopper Report 2021, produzido pela Wunderman Thompson em parceria com a Enext, apontam que 55% dos brasileiros pretendem seguir comprando no varejo digital de forma frequente. Com isso, oferecer um ambiente online seguro para os consumidores é fundamental para o bom desempenho do negócio. 

Segundo a União Internacional das Telecomunicações (UIT), as perdas globais causadas por crimes cibernéticos são estimadas entre US$1 trilhão em 2020 e US$6 trilhões em 2021. Em consequência disso, grandes impactos negativos afetam as empresas, como foi o caso da Lojas Renner, que teve um ataque cibernético em agosto e ficou com seu site e aplicativo fora do ar. Os efeitos que a empresa sofreu foram enormes, além do risco do vazamento de bancos de dados, houve queda de 1,5% na Bolsa.

De acordo com Fabiano Brito, CEO da FC Nuvem, uma dica para as empresas evitarem esses ataques no período da Black Friday é buscar apoio consultivo para uma análise profunda e imparcial dos riscos, com a criação de um plano de ação para atacar rapidamente os pontos levantados, criando as camadas de segurança necessárias. Ele ainda destaca a extrema importância de ter controle e visibilidade do seu ambiente. 

Como evitar fraudes

Para o especialista, proteger os dados dos clientes e das empresas, além de garantir o funcionamento da operação, é primordial para o bom desempenho do negócio. É necessário passar confiança para o consumidor e mostrar que a coloca em prática.

Uma outra dica para a empresa se proteger é construir uma arquitetura em camadas que possa gerar barreiras a serem transpostas pelos hackers e com isso não apenas desmotivá-los a continuar com a invasão, mas também proporcionar meios para rastrear e evitar o sucesso do ataque.

A cibersegurança nas empresas nada mais é do que o conjunto de medidas adotadas para proteger computadores, servidores, dispositivos móveis, sistemas eletrônicos, redes e dados contra ataques malignos. Entre as categorias de proteção mais comuns, estão segurança de rede, de aplicativos, segurança de informações, segurança operacional, recuperação de desastres e continuidade dos negócios e educação do usuário final. 

Para ter mais segurança contra ataques cibernéticos, algumas soluções podem ajudar na proteção. A infraestrutura em nuvem é um grande facilitador nesse caso, pois possibilita o uso de inúmeros recursos importantes para esse tipo de proteção e remediação de forma mais ágil. 

Fraudes em transações sem cartão estão mais sofisticadas

Um relatório feito pela Vesta mostrou que a porcentagem geral de transações globais que seu sistema identificou como potencialmente fraudulentas variou de 13% no primeiro trimestre de 2020 a 11% no mesmo período de 2021. O valor médio de cada transação fraudulenta subiu de US$ 126 para US$ 134 (o trimestre com o maior valor médio de transação fraudulenta foi o quarto trimestre de 2020, com US$ 155 por transação). 

As tentativas de fraude, no entanto, não são distribuídas uniformemente: as tentativas fraudulentas contra comerciantes individuais variaram de 0,8% a mais de 30%, dependendo do segmento (vertical) e região geográfica do negócio.
O primeiro trimestre de 2021 viu menos fraudes na comparação com o primeiro trimestre de 2020, mas o valor médio aumentou US$ 8 por transação, sugerindo que a fraude pode se tornar um problema ainda mais caro em 2021 do que em 2020.

Há cinco sistemas operacionais responsáveis pela maioria dos pedidos de comércio eletrônico: Android, iOS, Linux, OS X e Windows. A Vesta descobriu que o Android é o sistema operacional com a maior porcentagem de transações fraudulentas, com até 26% no primeiro trimestre de 2020, mas com o valor médio em dólares mais baixo. O valor das transações fraudulentas é mais alto nos sistemas operacionais OS X e Windows, o que indica que os fraudadores realizam seus ataques mais caros no ambiente de trabalho.

Como lidar com fraude em pagamentos

Outro elemento crítico no relatório da Vesta é uma análise de fraude em transações sem cartão com ligação direta, quando comparadas com aquelas com ligação indireta. A ligação direta significa que há uma conexão comum dentro das transações que os comerciantes podem procurar como sinais de possível fraude.

Por exemplo, se cinco pedidos chegam ao mesmo tempo para o mesmo item e do mesmo endereço de e-mail, é um sinal claro de que as transações podem ser fraudulentas. A ligação indireta significa que as transações são vinculadas por meio de uma rede mais complexa de elementos, geralmente um sinal de fraudadores mais sofisticados tentando encobrir seus rastros, tornando muito difícil para os comerciantes detectá-los.

A única maneira de efetivamente identificar e prevenir fraudes em transações sem cartão com ligações indiretas é com o uso do aprendizado de máquina, e é fundamental usar modelos que tenham sido treinados com base em milhões de transações globais e que possam estabelecer conexões que os humanos simplesmente não conseguem ver, segundo a Vesta.

Crescimento do Pix

O Pix já compete com outras formas de pagamento muito adotadas pelos brasileiros, como o cartão de débito e o dinheiro em espécie. De acordo com uma pesquisa realizada pela Zetta, 81% dos entrevistados já utilizam a nova tecnologia, número bem próximo aos 85% que correspondem ao cartão de débito e 84% do dinheiro. Em sua maioria, são os jovens que mais e com maior escolaridade que usam o Pix. 

O número é ainda maior do que o de outro meio de pagamento queridinho dos brasileiros, o cartão de crédito (73%), boleto (53%) e carteira digital (52%). Isso mostra que o Pix já superou até mesmo tecnologias mais recentes e que caiu de vez no gosto da população.

FONTE: MUNDO DO MARKETING

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